Antes de solicitar o estudo que daria origem ao Novo Mercado, Maria Helena Santana, hoje presidente da Comissão de Valores Mobiliários e naquela época superintendente de empresas da Bovespa, participou de várias reuniões com o conselho de administração da Bolsa. Nesses encontros, dois assuntos eram corriqueiros: a insatisfação generalizada dos minoritários em relação à precária proteção de seus direitos; e o modo como a Bolsa poderia atuar proativamente para financiar o crescimento das companhias. “Queríamos um estudo que nos desse ideias de como impulsionar o mercado, sem a necessidade de mudanças na lei ou o apoio do governo.” Por isso, a experiência do mercado alemão, que requeria mais transparência das empresas por meio de um contrato voluntário, logo agradou.
Maria Helena julga que o desafio do Novo Mercado é continuar evoluindo e atendendo às expectativas dos investidores. Em 2010, quando foi feita a última revisão das regras do segmento, a Bolsa tentou promover mudanças para aumentar a proteção dos minoritários, mas algumas sugestões relevantes, como a oferta pública de ações obrigatória para o acionista que atingisse 30% do capital da companhia, foram rejeitadas. “É preciso que as empresas percebam a necessidade de aperfeiçoamento da governança, porque isso se traduz em redução do custo de capital. Havia regras saudáveis na reforma que não foram aprovadas”, lamenta.
Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.
Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.
User Login!
Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.
Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais
Ja é assinante? Clique aqui