A Urban Outfitters, companhia de vestuário e acessórios americana, nomeou a esposa do CEO para o conselho de administração no fim de maio. O motivo não teve a ver com a bagagem profissional de Margaret Hayne, mulher do presidente da companhia, Richard Hayne, mas sim com a demanda de investidores por diversidade de gênero no alto escalão da empresa. O tiro saiu pela culatra, e a jogada foi considerada uma gafe. De acordo com a revista Corporate Secretary, acionistas e especialistas em governança corporativa declararam que a nova conselheira não pode levar a alcunha de independente e que a atitude demonstra falta de compreensão do que é diversidade pela Urban Outfitters.
Margaret foi eleita para o conselho depois que a gestora de recursos Calvert Investment Management, o fundo de pensão New York State Common e outros investidores lançaram uma sugestão de acionistas para aumentar a diversidade na Urban Outfitters. A ideia era que a companhia tomasse todas as providências possíveis para que mulheres, outras minorias e profissionais de ambientes não corporativos (como a academia, por exemplo) estivessem representados no board.
Apesar da mobilização, a proposta que exigia compromisso com a diversidade não foi aprovada: 73% dos acionistas votaram contra. Ainda assim, a empresa decidiu indicar Margaret para o conselho como prova de que se importa com o assunto. Na assembleia, 28% dos acionistas votaram contra a indicação, mas como ela e o marido detêm juntos 21% das ações da companhia, o percentual não foi suficiente para barrar a sua entrada no board. Caso fiquem insatisfeitos com o trabalho da senhora Hayne, os investidores só poderão tirá-la em 2016, já que na Urban Outfitters as cadeiras do conselho vão a votação de três em três anos.
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