Revertendo uma tendência de queda que se desenhava desde o ano passado, o guidance financeiro voltou a ganhar corpo entre as companhias norte-americanas. Essa foi uma das principais constatações de uma pesquisa divulgada no fim de maio pelo National Investor Relations Institute (Niri).

Das cerca de 370 companhias que responderam à pesquisa, 64% fornecem guidance financeiro, enfatizando o índice lucro por ação (LPA). O percentual chega próximo do patamar de 2006, que era de 66%. No levantamento feito no ano passado, o índice havia caído para 51%.

O guidance financeiro amplo — que fornece projeções sobre outros dados, como receita, Ebitda, margem bruta e despesas — é o mais usado pelas companhias, com 70% das respostas. Com 57%, o guidance não financeiro (também chamado de operacional) aparece em último lugar.

Dentre as empresas que utilizam a projeção operacional, 76% fazem declarações sobre as condições de mercado. As que informam tendências que podem impactar o negócio somam 70%, e 64% dão informações específicas de seu setor. A freqüência mais utilizada pelas companhias que dão o guidance operacional é a trimestral, com 50% das respostas. Na seqüência estão as projeções de acordo com a necessidade (30%), seguidas daquelas que aderem à freqüência anual, com ajustes trimestrais (13%). As projeções somente anuais são as menos utilizadas, com 6%.

Sobre o meio de divulgação do guidance, o uso trimestral de teleconferências e webcasts mostra um incremento considerável — de 43%, em 2007, para 76%. Já os tradicionais releases trimestrais são adotados em 78% dos casos, a mesma porcentagem do ano anterior.