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Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) estão atrativas? Veja o que dizem os analistas
Apesar de serem grandes alavancas para o Ibovespa, a ação PN da estatal sobe quase 7% este ano, enquanto a Vale perde quase 16%
Petrobras, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) estão atrativas? Veja o que dizem os analistas, Capital Aberto

Diante da volatilidade do mercado nos últimos dias, principalmente após o Federal Reserve (banco central americano) sinalizar que os juros nos Estados Unidos ficarão altos por mais tempo, as perspectivas para a economia global não são nada animadoras. Por consequência, as bolsas ao redor do mundo e seus ativos passam por forte oscilações.

Entre esses ativos, destaque para a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3), que são reconhecidas como grandes alavancas para o Ibovespa, principal índice da B3, tanto para cima quanto para baixo. No entanto, apesar do cenário global desafiador, as empresas não estão do mesmo lado do jogo.


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Em 2024, a ação preferencial da estatal sobe quase 7%, enquanto a Vale perde quase 16%, de acordo com levantamento elaborado pelo TradeMap. O Ibovespa, por sua vez, registra uma queda de 7,46% no ano, considerando o fechamento até o dia 17 de abril.

Petrobras, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) estão atrativas? Veja o que dizem os analistas, Capital Aberto

Com isso, a Capital Aberto consultou analistas para saber até onde as ações dessas duas gigantes podem chegar. Nos dois casos, as respostas foram unânimes, ‘depende’. Do lado da Petrobras, existe o risco de governança. No caso da Vale, a China, que é grande consumidor de minério de ferro.

“A Vale tem um preço muito atrativo, na casa de R$ 62, o que implica um preço de valuation de R$ 300 bilhões, o que achamos muito bom. Se o minério ficar na casa de US$ 100 a US$ 110 por tonelada, vamos ter a Vale pagando 10% de yield. É uma empresa super geradora de caixa, com problemas ambientais praticamente equacionados”, afirma o chefe de análise de ações da Órama Investimentos, Phil Soares.

Para ele, apesar de a gigante do minério ter uma grande barreira de entrada, que é o próprio ativo, a casa gosta muito da ação, tanto que é uma das principais recomendações. “O investidor que entrou no papel a R$ 60, ou R$ 65, ainda está com o seu principal amplamente protegido, mesmo com a queda substancial da Bolsa”, explica Soares.

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A favor da Vale, segundo o operador de renda variável da B.Side Investimentos, Pedro Marcatto, é a recuperação do preço do minério de ferro na China, devido ao aumento da atividade industrial das siderúrgicas, que tiveram uma grande demanda por aço, embora o setor de construção, principal motor da economia chinesa, esteja patinando.

Na Órama, a expectativa para o minério de ferro é razoavelmente boa, com a commodity ficando no patamar entre US$ 100 a US$ 120 por tonelada ao longo dos próximos anos, exatamente por conta da China. “No país asiático, não vemos uma aceleração forte da atividade econômica, não vemos aumento do patamar de construção, embora seja possível. A gente não vê também o preço (minério) caindo muito por causa do papel social da atividade de siderurgia na China, que é extremamente relevante, muito demandante de aço”, conta Soares.

Ontem, o contrato de minério de ferro para setembro, atualmente o mais negociado em Dalian, na China, encerrou em alta 3,07%, a US$ 120,75 por tonelada. “O que tem pesado mais é a desestocagem diante do pré-feriado na China, impulsionado por maior demanda pelas siderúrgicas. O preço do minério é o principal drive da Vale, mas que tem sido favorecido pela atividade industrial na China”, diz Marcatto.

Risco de governança pesa na Petrobras

Se o principal drive para a Vale está ligado exclusivamente a dinâmica da indústria a qual está inserida, a Petrobras não pode dizer o mesmo, já que a estatal está sempre no crivo do governo, controlador da companhia.

Para o chefe de análise de ações da Órama, a estatal teria tudo para estar decolando, uma vez que o preço do petróleo está em alta, devido aos acontecimentos recentes no Oriente Médio, envolvendo o Irã, que é um grande produtor de petróleo.

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Segundo Soares, as empresas de petróleo têm tido certa resiliência na Bolsa, com o preço do óleo em alta, o que ajuda a turbinar as receitas. “Além disso, a alta do dólar também permite um ganho, já que boa parte do custo das empresas não é dolarizado”.

Em termos fundamentalista, na visão de Marcatto, o papel possui múltiplos atrativos e entrega margens expressivas, mas o controlador é o que mais preocupa. “Ela tem um prêmio de risco muito grande, negociada com desconto por causa da governança. A governança é mais importante que o Brent, já que o lifting cost (custo de extração) é baixo, ao redor de US$ 5”.

Apesar de o conflito no Oriente Médio ser um grande catalisador para o preço do petróleo, o operador de renda variável da B.Side Investimentos chama a atenção que a estatal não consegue absorver por completa essa alta. “Ela (Petrobras) não se beneficia de uma alta expressiva do petróleo, em comparação a outras petrolíferas, porque sofre com a pressão social, devido ao reajuste dos combustíveis. A margem dela é muito pouca favorecida pouca por causa disso”, explica Marcatto.

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Diante desse cenário, a Órama tem a Enauta e a Prio como as preferidas do setor na B3, cada uma para um investidor diferente. No caso da Prio, ela é para aquele investidor que queira se expor ao preço do petróleo e que tem menos apetite ao risco, já que a empresa está muito bem precificada. “A Enauta, por sua vez, é para aquele investidor que esteja mais disposto a se beneficiar da melhora dentro da empresa, mas com uma volatilidade relevante”, finaliza Soares.  


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