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Reta final para o halving: gestores comentam perspectivas pré e pós-evento
CIO da QR Asset e CEO BLP Crypto preveem cenário favorável para o Bitcoin após o halving e acreditam que a criptomoeda pode bater máximas
Halving, Reta final para o halving: gestores comentam perspectivas pré e pós-evento, Capital Aberto

Com a aproximação do tão esperado halving no dia 20 de abril, evento que ocorre a cada quatro anos e reduz a oferta de Bitcoin (BTC) pelos mineradores, a atenção do mercado está voltada à criptomoeda, com expectativa de que a trajetória em 2024 seja dissonante da dos outros três eventos. Segundo grandes executivos das gestoras de criptomoedas QR Asset e BLP Crypto, o halving deste ano tende a ser único, uma vez que o BTC já atingiu máximas nos meses que antecedem o evento.

Analisando os últimos halvings, Axel Blikstad, CEO da BLP Crypto, aponta que o mercado tende a antecipar os preços de três a seis meses. “O halving está se aproximando. Algo entre três ou seis meses antes, o mercado começa a dar uma andada, se fortalece, os preços sobem. No momento do halving, ele meio que fica na lateral, que é um pouco o que a gente está vendo agora, e fica nessa lateral também por um tempinho, dois, três meses. Muda um pouco a cada ciclo”, comenta Blikstad. 

Analisando friamente, de acordo com Blikstad, o efeito do halving deveria ser nulo, considerando que os mercados são eficientes e as pessoas já sabem o que vai acontecer. “Então, por que o preço sobe? Quem sabe muito do ecossistema, na teoria, está tranquilo com isso. Agora, quem não sabe e vê tudo isso acontecendo, vai falar: ‘não, mas o preço vai subir, porque a demanda está igual ou até crescente’, e isso acaba, indiretamente, fazendo preço”, explica.

Theodoro Fleury, CIO da QR Asset, comenta que o halving representa um “choque de oferta brutal”, uma vez que a receita por bloco do minerador de bitcoin cai pela metade do dia para a noite, e afirma que é importante estar muito bem-preparado para esse evento, que já possui um padrão histórico.

“Já tivemos três rounds até hoje. Em todos os ciclos, o grosso da valorização do Bitcoin até hoje veio em um intervalo de poucos meses antes a algo entre 12 ou 18 meses depois do halving”, aponta. “Eu acho que a gente caminha para um cenário que deve ser parecido, mas temos algumas diferenças este ano em relação aos anteriores. O primeiro deles é que, em relação ao pico do ciclo anterior, a nova máxima histórica sempre foi depois do halving, nunca antes”.

Essa é a primeira vez durante um ciclo em que o Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica pré-halving. “A máxima anterior era de cerca de US$ 69 mil, em 2021. A gente superou esses patamares no início de março, chegando a bater US$ 73 mil”, aponta Fleury. “É preciso questionar o que isso quer dizer, se é um sinal de força, se o mercado vai subir muito mais, ou mesmo se esse ciclo está totalmente diferente”, questiona o executivo. “Porque tem muito investidor institucional envolvido e o padrão de comportamento vai mudar daqui para frente. Isso é uma grande interrogação e ninguém sabe. A verdade é essa. Mas a gente continua mais otimista aqui.” Para Fleury, a pré-precificação do halving pelo mercado é a “pergunta de US$ 1 trilhão”.


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Oscilações recentes

Depois de um mês de março em alta, no dia 2 de abril o Bitcoin teve uma forte queda e chegou a recuar cerca de 4 mil pontos após movimentação do governo dos EUA. “No início do mês rolava um forte boato que o governo americano, que confiscou um número expressivo de BTCs no passado e mandou para a Coinbase, iria vender um volume expressivo da cripto. Acho que isso deu uma assustadinha no mercado”, comenta Blikstad. Dois dias depois a criptomoeda voltou a pegar fôlego.

Embora haja muitas “moving parts” nesse mercado marcado pela volatilidade, Blikstad acredita que o fluxo é o principal influenciador, inclusive sobre o movimento do dia 2.

“O que olhamos muito agora são os fluxos dos ETFs. O dia 1º de abril foi de outflow dos ETFs. Foram quase US$ 86 milhões de outflow. Foi um dos primeiros outflows recentes, porque já tínhamos muito inflow todo dia. Teve uma semana no meio de março também com um outflow grande, quatro ou cinco dias de outflow, mas depois só inflow. E o mercado está muito leve em termos de quantidade de moedas nos exchanges, está nos níveis mais baixos historicamente. Um sinal positivo técnico.”

Os executivos da BLP Crypto e da QR Asset apontam que o halving sempre traz alguma quantidade adicional de volatilidade. 

Fleury afirma que é normal e diz que “olhando os outros halvings, sempre teve algum tipo de correção um pouco mais acentuada nas vésperas. O que não tinha acontecido até agora este ano e que muita gente achou que não ia acontecer”, ressaltando que a única diferença em 2024 são as novas máximas atingidas antes do halving, o que nunca tinha acontecido antes.

Otimismo no pós-halving

O CIO da QR Asset comenta que a gestora permanece otimista em relação ao Bitcoin e comenta que ao mesmo tempo que o BTC atingiu a nova máxima antes do halving, em todos os ciclos anteriores em que essa cripto subiu muito, também houve vários momentos de queda forte no meio do caminho.

“Desde que o mercado começou a subir, já no início de 2023, o Bitcoin saiu de US$ 16 mil para mais de US$ 70 mil e você não teve nenhuma queda superior a 20%. Tivemos ali em janeiro ou março, talvez 21%, 22%, mas nada além disso. Então, em algum momento, isso deve acontecer mesmo sem afetar a trajetória de alta”. Para Fleury, é natural que o mercado esteja evitando. “Mesmo que o BTC caia para US$ 60 mil dólares agora na vizinhança do halving, não acho que isso invalide a trajetória de alta que deve vir nos próximos 12 meses depois do halving.”

Halving, Reta final para o halving: gestores comentam perspectivas pré e pós-evento, Capital Aberto

Para a BLP Crypto, as perspectivas também são positivas, analisando os ciclos anteriores. Segundo Blikstad, CEO da BLP Crypto, cerca de três ou seis meses pós-halving o mercado sente a diferença de supply entre o cenário anterior “o que tinha de mineradores tendo que vender para fazer caixa, para pagar pela energia elétrica, pelo capex dos servidores, das máquinas, e sente uma falta de ativo, e aí dá a próxima pernada. Esse tem sido o comportamento, e eu não duvido que será diferente agora”, diz. “Já teve uma forte alta desde o último trimestre de 23 até o primeiro trimestre de 24, então, nos últimos seis meses, tivemos uma alta bastante expressiva do mercado em si e do BTC também, que liderou o crescimento. Acredito que no segundo semestre teremos o próximo momento de uma alta potencialmente muito significativa”, complementa. 

Blikstad prevê que o Bitcoin atingirá 6 dígitos em dólar em algum momento no ano. “Continuo firme e forte acreditando que no segundo semestre a gente vai ver um BTC rompendo US$ 100 mil. Se termina nesse valor no final de ano? Não quero dizer isso. Mas temos uma boa convicção que a gente vai testar esses novos patamares. A gente acredita que sim.”


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