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Dólar ignora intervenção do Banco Central no câmbio e sobe
Mesmo com todos os contratos de swap vendidos, oferta do BC é considerada insuficiente para segurar uma depreciação do real
Dólar, Dólar ignora intervenção do Banco Central no câmbio e sobe, Capital Aberto

Depois de passar 2023 em branco, sem intervir no dólar, o Banco Central ofertou nesta terça-feira (02), contratos de swap cambial na tentativa de segurar a cotação da moeda americana, que no dia anterior (01) havia fechado a R$ 5,054, alta de 0,87%, com o real liderando a perda de valor entre as moedas de emergentes. Todos os contratos ofertados pelo BC foram vendidos 20 mil contratos, equivalentes a US$ 1 bilhão, mas ainda assim são considerados insuficientes para segurar uma depreciação do real. Às 16h30 a moeda avançava 0,11%, a R$ 5,098.

O retorno do BC ao mercado, após passar 2023 sem operar, se justifica por dois motivos. O primeiro é a crescente ideia de que o FED deve adiar novamente o corte do juro por conta da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, o que fortalece o dólar. “Há riscos de que uma valorização maior da moeda americana possa também afetar a inflação doméstica, pelos importados, e dificultar os passos do Banco Central, que já sinalizou que precisa de flexibilidade para seguir cortando a Selic”, comenta Yuri Alves, economista da Guide Investimentos.

Outro motivo da volta do BC a intervir no câmbio é o vencimento no dia 15 de NTN-A3, que são papeis da dívida pública atrelados ao dólar. Normalmente em períodos de vencimento há a rolagem da dívida, com a emissão de novos papeis. “A NTN-A3 é um título que busca proteger da inflação. O vencimento dela mostra que o mercado vai querer mais demanda por esse papel e, consequentemente, com a emissão, também faz a ancoragem via novos swaps de dólar”, explica o economista da Guide.

Na visão de Yuri Alves, o leilão desta terça-feira foi insuficiente para conter o movimento de alta do dólar e alguns sinais confirmam isto. “Ficou claro que ainda tem demanda para mais contratos. Se o um bilhão vendido fosse o demandado, o dólar teria recuado e não foi o que vimos. Tinha demanda maior”, comenta, acrescentando que as NTN-Bs mais longas estão com taxas em alta, sinalizando incertezas no longo prazo. “O BC deve voltar ao mercado antes do vencimento das NTN-A3, talvez na próxima semana, quando sai o CPI, a inflação americana, que pode reforçar ainda mais a força do dólar e do juro alto nos Estados Unidos.”

O CIO da Legacy Capital, Felipe Guerra, também vê pouco espaço para apreciação do real frente ao dólar. Durante participação no painel no Brazil Investment Forum, evento promovido pelo Bradesco BBI, afirmou que “nunca foi otimista com o real, porque o Brasil está cortando juros e o mundo está segurando. O diferencial de juros está na mínima se tirar o período de pandemia”. O executivo da Legacy acrescentou: “você não ganha nada por correr o risco de estar em real na nossa visão.”


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