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Bradesco Asset traça cenário para multimercados
Na visão da gestora, dólar deve se apreciar pouco, renda variável hoje só long short e juros reais no Brasil seguem muito atrativos
Bradesco Asset, Bradesco Asset traça cenário para multimercados, Capital Aberto

Após a decepção com a política monetária dos EUA e a manutenção dos juros altos, a Bradesco Asset vê algo positivo no horizonte. Para a gestora, o pessimismo que pesou no comportamento dos ativos no primeiro bimestre já foi precificado. Em uma semana decisiva para a política monetária global, com reuniões do FED, Copom, BOJ (Japão) e Banco da Inglaterra, entre outros, a asset traçou um cenário com desafios para os fundos multimercados macro e destacou a estratégia adotada para moedas e renda variável.

“Quando observamos o mercado negociando a taxas exatamente onde o colegiado do FED imagina que as taxas de juros estarão em 2024 e 2025, enxergamos que boa parte da onda de pessimismo deste começo de ano já foi precificada”, comenta Fernando Monteiro, head da área de Multimercado Macro da asset. “Felizmente, no final de 2023 a nossa avaliação era de que o mercado estava exagerando na onda de otimismo, comprando o argumento de cinco ou seis cortes na taxa neste ano. Entramos no ano com posições um pouco mais conservadoras e isso foi bem positivo para os nossos produtos.”


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O economista-chefe da Bradesco Asset, Marcelo Toledo, é otimista quanto ao combate à inflação em várias economias. “Neste começo de ano, houve surpresas negativas com a inflação persistente e a atividade resiliente que pressionaram as curvas de juros ao redor do mundo, mas estamos na reta final, falta uma última milha para trazer a inflação de volta à meta”, comenta Toledo.

Apesar de os fundos Multimercados terem sofrido resgates importantes no ano passado, o diretor de Investimento da asset, Felipe Biocchini, destaca a importância do produto ao permitir que gestores naveguem por diferentes regiões e classes de ativos. “Multimercados são produtos que conseguem expressar tudo o que apuramos em termos de situação econômica, de mercado no Brasil e no exterior, importante em cenários instáveis”, comenta Biocchini, reconhecendo a dificuldade de ativos de risco performarem nos últimos anos.

“Somente uma classe de ativos, de fato, nos últimos três anos performou bem, o crédito privado. O que se repete neste começo de 2023.” Durante uma transmissão da asset sobre perspectiva para os Multimercados, nesta terça-feira (19), o diretor citou dados comparativos sobre desempenho dos indicadores de renda fixa e dos de crédito. “Se você pega índices de renda fixa como IMA-B ou o IMAB-5, e normaliza, os títulos rendem CDI menos 1%. Os índices de crédito, na mesma base de comparação, rendem CDI mais 1%. É um ambiente que continua desafiando bastante os gestores.”

Apostas em moedas

Na visão da gestora, embora o dólar venha de anos de apreciação consistente em relação a moedas desenvolvidas, ainda há espaço no curto prazo para uma leve apreciação, justamente pela divergência entre políticas monetárias. “Nos fundos multimercados é essencialmente este o nosso posicionamento. Estamos um pouco mais otimistas com moedas asiáticas, e mais short (venda) em moedas europeias, essencialmente euro e libra”, comenta Fernando Monteiro. “Hoje o que define as cotações é a política monetária. Um exemplo é o BC do Chile que teve uma postura muito agressiva e derrubou a moeda, chegando a depreciar 12% no ano.”

Renda Variável

Sobre o mercado de ações, os executivos da asset destacaram um descolamento entre os diferentes mercados. A alta nas bolsas americanas, em particular, vem do desenvolvimento de novas tecnologias, com a IA, ajudando na apreciação das “sete magníficas” – Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Meta, Alphabet e Tesla – em um curto espaço de tempo.

“A gente vê crescimento de lucro nos principais mercados, tanto no mercado americano como no brasileiro e, no final da história, é isso que motiva os investidores. Se olhar nos últimos 12 meses, a performance dos mercados de ações, de uma maneira geral, é bastante positiva”, avalia Monteiro.

Sobre a exposição dos fundos multimercados da gestora à renda variável, o executivo afirma que hoje a decisão é “ficar um pouco fora”, se referindo a posições mais estruturais. “Se a gente tiver que optar por uma classe de ativos, sem dúvida nenhuma, os juros reais próximos a 6%, juros reais de 30 anos no Brasil, nos chamam mais a atenção. Quando a gente coloca a métrica de valor relativa entre as classes de ativo, é mais interessante.”

“Não quer dizer que a gente não tenha um posicionamento em renda variável no Brasil. Na verdade, a nossa maior geração de alfa veio do nosso posicionamento long short esse ano, com um resultado muito expressivo. É o que nós fizemos nesse primeiro trimestre e até onde a nossa vista alcança, é o que a gente vai fazer, e não apostas estruturais.”

Uma avaliação da asset sobre o que ocorreu com o mercado acionário em ciclos de cortes de juros mostra que em todos os períodos houve importante alta das ações. “Quando a gente olha as médias desses ciclos, dá algo perto de 70% em 24 meses. Isso não quer dizer que esse é um número que a gente está esperando agora, mas é um guia do que foi no passado”, explica Biocchini. “Da mesma forma, a gente tenta criar uma avaliação mais setorial, vemos as empresas de menor capitalização, do índice de small caps, nos últimos ciclos de queda de juros, com altas superiores, na média, a 150% no período de 24 meses.”

Após a decepção com a política monetária dos EUA e a manutenção dos juros altos, a Bradesco Asset vê algo positivo no horizonte. Para a gestora, o pessimismo que pesou no comportamento dos ativos no primeiro bimestre já foi precificado. Em uma semana decisiva para a política monetária global, com reuniões do FED, Copom, BOJ (Japão) e Banco da Inglaterra, entre outros, a asset traçou um cenário com desafios para os fundos multimercados macro e destacou a estratégia adotada para moedas e renda variável.

“Quando observamos o mercado negociando a taxas exatamente onde o colegiado do FED imagina que as taxas de juros estarão em 2024 e 2025, enxergamos que boa parte da onda de pessimismo deste começo de ano já foi precificada”, comenta Fernando Monteiro, head da área de Multimercado Macro da asset. “Felizmente, no final de 2023 a nossa avaliação era de que o mercado estava exagerando na onda de otimismo, comprando o argumento de cinco ou seis cortes na taxa neste ano. Entramos no ano com posições um pouco mais conservadoras e isso foi bem positivo para os nossos produtos.”

O economista-chefe da Bradesco Asset, Marcelo Toledo, é otimista quanto ao combate à inflação em várias economias. “Neste começo de ano, houve surpresas negativas com a inflação persistente e a atividade resiliente que pressionaram as curvas de juros ao redor do mundo, mas estamos na reta final, falta uma última milha para trazer a inflação de volta à meta”, comenta Toledo.

Apesar de os fundos Multimercados terem sofrido resgates importantes no ano passado, o diretor de Investimento da asset, Felipe Biocchini, destaca a importância do produto ao permitir que gestores naveguem por diferentes regiões e classes de ativos. “Multimercados são produtos que conseguem expressar tudo o que apuramos em termos de situação econômica, de mercado no Brasil e no exterior, importante em cenários instáveis”, comenta Biocchini, reconhecendo a dificuldade de ativos de risco performarem nos últimos anos.

“Somente uma classe de ativos, de fato, nos últimos três anos performou bem, o crédito privado. O que se repete neste começo de 2023.” Durante uma transmissão da asset sobre perspectiva para os Multimercados, nesta terça-feira (19), o diretor citou dados comparativos sobre desempenho dos indicadores de renda fixa e dos de crédito. “Se você pega índices de renda fixa como IMA-B ou o IMAB-5, e normaliza, os títulos rendem CDI menos 1%. Os índices de crédito, na mesma base de comparação, rendem CDI mais 1%. É um ambiente que continua desafiando bastante os gestores.”

Apostas em moedas

Na visão da gestora, embora o dólar venha de anos de apreciação consistente em relação a moedas desenvolvidas, ainda há espaço no curto prazo para uma leve apreciação, justamente pela divergência entre políticas monetárias. “Nos fundos multimercados é essencialmente este o nosso posicionamento. Estamos um pouco mais otimistas com moedas asiáticas, e mais short (venda) em moedas europeias, essencialmente euro e libra”, comenta Fernando Monteiro. “Hoje o que define as cotações é a política monetária. Um exemplo é o BC do Chile que teve uma postura muito agressiva e derrubou a moeda, chegando a depreciar 12% no ano.”

Renda Variável

Sobre o mercado de ações, os executivos da asset destacaram um descolamento entre os diferentes mercados. A alta nas bolsas americanas, em particular, vem do desenvolvimento de novas tecnologias, com a IA, ajudando na apreciação das “sete magníficas” – Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Meta, Alphabet e Tesla – em um curto espaço de tempo.

“A gente vê crescimento de lucro nos principais mercados, tanto no mercado americano como no brasileiro e, no final da história, é isso que motiva os investidores. Se olhar nos últimos 12 meses, a performance dos mercados de ações, de uma maneira geral, é bastante positiva”, avalia Monteiro.

Sobre a exposição dos fundos multimercados da gestora à renda variável, o executivo afirma que hoje a decisão é “ficar um pouco fora”, se referindo a posições mais estruturais. “Se a gente tiver que optar por uma classe de ativos, sem dúvida nenhuma, os juros reais próximos a 6%, juros reais de 30 anos no Brasil, nos chamam mais a atenção. Quando a gente coloca a métrica de valor relativa entre as classes de ativo, é mais interessante.”

“Não quer dizer que a gente não tenha um posicionamento em renda variável no Brasil. Na verdade, a nossa maior geração de alfa veio do nosso posicionamento long short esse ano, com um resultado muito expressivo. É o que nós fizemos nesse primeiro trimestre e até onde a nossa vista alcança, é o que a gente vai fazer, e não apostas estruturais.”

Uma avaliação da asset sobre o que ocorreu com o mercado acionário em ciclos de cortes de juros mostra que em todos os períodos houve importante alta das ações. “Quando a gente olha as médias desses ciclos, dá algo perto de 70% em 24 meses. Isso não quer dizer que esse é um número que a gente está esperando agora, mas é um guia do que foi no passado”, explica Biocchini. “Da mesma forma, a gente tenta criar uma avaliação mais setorial, vemos as empresas de menor capitalização, do índice de small caps, nos últimos ciclos de queda de juros, com altas superiores, na média, a 150 % no período de 24 meses.”


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