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Dividendos corporativos globais atingem recorde de US$ 1,66 trilhão em 2023
Relatório aponta como negativo os cortes acentuados no Brasil e um crescimento insatisfatório na China
dividendos, Dividendos corporativos globais atingem recorde de US$ 1,66 trilhão em 2023, Capital Aberto

Os dividendos corporativos globais atingiram um recorde no ano passado, puxados pelo setor bancário, que representaram metade de todo o crescimento, segundo relatório da Janus Henderson Global Dividend Index (JHGDI), divulgado nesta quarta-feira (13).  O volume pago atingiu a marca histórica de US$ 1,66 trilhão em 2023.

Segundo o boletim trimestral da JHGDI, 86% das empresas listadas aumentaram seus dividendos ou mantiveram a porcentagem. A expectativa é que os pagamentos de dividendos voltem a renovar o recorde neste ano, liberando US$ 1,72 trilhão. Os maiores pagadores de dividendos do mundo em 2023 foram a Microsoft (MSFT), seguida pela Apple (AAPL) e Exxon Mobil (XOM).

“A alta dos dividendos no ano passado, frente ao valor de US$ 1,57 trilhão em 2022, leva em conta movimentos cambiais, dividendos extraordinários, mudanças de cronograma e mudanças no índice – de 5% em relação a 2022”, disse a gestora de ativos do Reino Unido.

“O fluxo de caixa corporativo na maioria dos setores permaneceu forte e isso proporcionou muita capacidade para dividendos e recompras de ações”, comenta Ben Lofthouse, chefe de renda global de ações da Janus Henderson. Segundo dados da LSEG (London Stock Exchange Group), o crescimento dos lucros do S&P 500 no quarto trimestre de 2023 era esperado ser de 9% ano a ano.

As altas taxas de juros impulsionaram as margens dos bancos, que pagaram um recorde de US$ 220 bilhões aos seus acionistas em 2023, representando um aumento de 15% em relação a 2022.

O impacto positivo dos dividendos bancários mais altos foi quase inteiramente compensado por cortes do setor de mineração, como reportado no relatório, à medida que preços mais baixos das commodities pesaram nos lucros da mineração. O relatório cita cinco empresas – as mineradoras BHP (BHP), Rio Tinto (RIO), Petrobras (PETR4), Intel (INTC) e AT&T (T.N), responsáveis por reduzir a taxa de crescimento de dividendos globais de 2023 em 2 pontos percentuais.

“Além desses dois setores (bancário e de mineração), cujo impacto foi excepcionalmente grande, vimos um crescimento encorajador de indústrias tão variadas quanto veículos, serviços públicos, software, alimentos e engenharia, demonstrando a importância de uma carteira diversificada”, disse o relatório.

Em termos geográficos, a Europa (excluindo o Reino Unido) foi um importante impulsionador do crescimento, contribuindo com dois quintos do aumento global, à medida que os pagamentos subiram 10,4%, totalizando US$ 300,7 bilhões. Os Estados Unidos tiveram a contribuição mais significativa para o crescimento dos dividendos globais graças ao seu tamanho, uma taxa de 5,1% estava alinhada com a média global. Os dividendos dos mercados emergentes ficaram estáveis, com a Janus Henderson destacando cortes acentuados no Brasil e um crescimento insatisfatório na China.

O relatório também prevê um crescimento de 5% nos dividendos corporativos este ano, chegando à marca de US$ 1,72 trilhão. Embora o aumento rápido dos dividendos bancários provavelmente recue, as quedas rápidas do setor de mineração também podem ter menos impacto, disse Lofthouse.


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