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Ações do Bradesco caem após números mistos no primeiro trimestre
Apesar do lucro recorrente acima das projeções, a rentabilidade do banco decepcionou os analistas
Bradesco, Ações do Bradesco caem após números mistos no primeiro trimestre, Capital Aberto

As ações do Bradesco operam em queda nesta quinta-feira (02), mesmo após um lucro recorrente de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre, acima do projetado pela Bloomberg, de R$ 3,87 bilhões. Ainda assim, o número representa o menor lucro para um primeiro trimestre desde 2020. Por volta de 13h, os papéis caíam quase 2%, a R$ 13,74.

Embora a linha seja importante, o mercado olha mesmo para a rentabilidade de um banco, já que a linha que de fato mostra o ganho do banco, representado pela margem financeira.

No primeiro trimestre do ano, o ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) atingiu 10,2%, de 10,6% no mesmo período de 2023. “O resultado ficou abaixo de nossas estimativas, embora o consenso estivesse estimando um lucro líquido menor que o reportado. Os principais pontos podem ser explicados, especialmente na composição da margem financeira, em margem com clientes”, aponta Matheus Nascimento, analista da Levante Inside Corp


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Para o analista, dada a composição do mix de volumes e uma dinâmica mais restritiva na concessão, os níveis de NPL e provisões foram menores. No entanto, isso ainda manteve o ROAE ao redor de dois dígitos no trimestre. “O ponto de atenção está no ritmo de expansão da carteira expandida nos segmentos pessoa física e PMEs, onde, embora o nível de qualidade tenha apresentado melhora, o caminho para recomposição das margens está, possivelmente, no crescimento em ratings com maiores margens, onde a sensibilidade à inadimplência é maior”.

Outro ponto que chama a atenção no balanço é a composição dos resultados bancários e da seguradora, que vieram positivos, segundo Levante. “O ROE da seguradora rondou os 20%, o que mantém uma perspectiva positiva para essa operação.”

Na visão do BB Investimentos, o banco situado na Cidade de Deus apresentou um resultado considerado misto. A instituição vê uma produção baixa sobre a carteira de crédito média (9,2% – o menor percentual da série histórica recente), evidenciando o predomínio cada vez maior das safras de menor spread, movimento feito pelo Bradesco nos anos recentes frente à escalada da inadimplência no período pós-pandemia.

“Normalmente, os bancos costumam compensar uma carteira de mix mais conservador na volumetria, mas não é o que acontece no caso do Bradesco, já que a carteira de crédito classificada de fato encolhe no comparativo anual (-0,9%), enquanto no conceito expandido avança apenas 1,2% no período, ambos significativamente aquém do mercado de crédito como um todo, que se expandiu 8,2% a/a (dado de fevereiro). Sendo assim, temos a combinação de uma carteira de crédito que não cresce, aliado a um mix pouco rentável, o que explica boa parte do mau momento do banco”, diz o relatório. 

De acordo com o BB Investimentos, o resultado do primeiro trimestre marca uma espécie de primeiro capítulo da reestruturação estratégica anunciada no final do ano passado. “Devido ao curto espaço de tempo, poucos indícios de melhoras mais contundentes são notados, e os principais detratores do resultado fraco ainda são nítidos -, a margem financeira e a carteira de crédito”.

Segundo Milton Rabelo, analista da VG Research, “apesar da evolução lenta de resultados, aparentemente, o pior ficou para trás e a tendência é que a reestruturação posta em prática pela gestão do Bradesco vá endereçando os desajustes existentes no canal bancário da instituição”. 


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