O tamanho do conselho de administração do CME Group, controlador da Bolsa de Chicago, impressiona. São nada menos que 32 membros. Um relatório elaborado, em 2010, pela National Association of Corporate Directors constatou que, em média, os conselhos de administração dos Estados Unidos têm oito membros. Os boards mais extensos, segundo o estudo, chegam a 11.

Considerando essa discrepância das práticas de mercado, o CME anunciou que vai reduzir, gradualmente, o tamanho do seu conselho. Este ano, contudo, a diminuição será quase simbólica. Segundo o material de assembleia divulgado pela companhia, o board passará de 32 para 30 integrantes.

Especialistas em governança corporativa alertam que conselhos populosos costumam ser menos eficientes. O excesso de pessoas dificulta a interação do CEO com cada um dos conselheiros. Além disso, os membros do board podem se sentir menos inclinados a expor seus pensamentos com tanta gente na reunião.

De fato, o número elevado de conselheiros já torna algumas tarefas da companhia complicadas. Expor detalhadamente as qualificações de cada membro do board no manual de assembleia, por exemplo, já é uma dificuldade — e o CME Group acaba por expor essas informações de forma bastante genérica, observa oThe New York Times. Além disso, remunerar todos esses profissionais custa caro: o CME gasta cerca de US$ 5,1 milhões por ano.