
Ilustração: Rodrigo Auada
O governo da China anunciou no início deste mês que vai permitir que companhias com ações negociadas em outros países se listem nas bolsas locais por meio da oferta de chinese depositary receipts (CDRs). A iniciativa será testada com empresas com valor de mercado mínimo de 200 bilhões de yuans, o equivalente a cerca de 32 bilhões de dólares.
A emissão de CDRs está autorizada inclusive para companhias cujas estruturas de capital não sigam as regras das bolsas chinesas. Os recursos que essas empresas levantarem poderão ser transferidos para fora do país. Com essas medidas, o governo chinês pretende atrair suas próprias gigantes de tecnologia. Empresas como o site de compras Alibaba e o buscador Baidu, por exemplo, estão listadas em bolsas americanas. Atualmente, a maioria das companhias de grande porte presentes nas bolsas de Xangai e de Shenzhen é estatal.
Fontes próximas ao Alibaba disseram a veículos de imprensa, como a Reuters, que a empresa considera fazer uma captação na China ainda neste ano. A abertura do mercado de capitais chinês à listagem por meio de CDRs representa uma ameaça para outras bolsas asiáticas, que terão de enfrentar um poderoso concorrente.
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