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Com Fed e Copom à vista, pressão baixista sobre o Ibovespa pode diminuir em junho
Uma série de indicadores econômicos a serem divulgados no próximo mês devem ditar o tom do mercado, possivelmente fornecendo um pequeno alívio ao índice, de acordo com analistas
Ibovespa, Com Fed e Copom à vista, pressão baixista sobre o Ibovespa pode diminuir em junho, Capital Aberto

O Ibovespa, principal índice da B3, vem apresentando uma série de baixas em 2024. De janeiro até o dia 29 de maio, o índice acumula perdas de mais de 8%. Com maio já no fim, não há “chance milagrosa” de recuperação, mas com uma série de dados econômicos a serem divulgados em junho e as reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (BC) as perspectivas para junho podem ser levemente mais otimistas.

Em maio, o Ibovespa sofreu com o aumento da aversão global ao risco, devido à alta da inflação nos EUA e a expectativa sobre o corte dos juros pelo Fed, que geraram cautela entre os investidores, além das questões internas. Fatores como o fiscal, a tributária, a Selic e a inflação têm gerado uma pressão baixista no índice.

No entanto, analistas ouvidos pela Capital Aberto afirmam que a tendência é que essa pressão diminua um pouco em junho, a depender dos resultados de indicadores externos, a começar pelo PIB dos EUA e o PCE divulgados nos últimos dias de maio, além das decisões de política monetária e do gerenciamento das contas públicas.


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“De fato, tem essa pressão baixista, fiscal, ruído político, [questão] tributária, Selic e inflação, mas vejo uma expectativa de melhora no cenário de junho, com o Ibovespa testando os 125 mil pontos. Pós-Copom, PIB dos EUA e PCE, importante para o Fed, acho que são alguns dos eventos importantes de curto prazo que poderiam trazer essa reversão da pressão de baixa”, diz Enrico Cozzolino, sócio e head de análise da Levante Investimentos

Na próxima semana, os EUA devem divulgar o PMI (Índice dos Gerentes de Compras) e os dados de emprego (payroll). Na segunda semana do mês, será a vez do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) e das vendas de varejo, até chegar nas reuniões sobre os juros. “Notícias mais positivas, resultados mais para o mercado tendem a possibilitar uma reversão e, obviamente, teria talvez um fluxo estrangeiro diferente, uma curva diferente se desenhando no Ibovespa para o próximo mês”, diz Junior Reginatto, head de Renda Variável da Nippur Finance.

Segundo Eduardo Grübler, gestor de multimercados da AMW – Asset Management Warren, dando uma aliviada na mudança de expectativas de inflação e juros, há um espaço para que o investimento volte a fluir para os mercados de risco, especificamente de ações. “Há uma saída muito forte do investidor estrangeiro este ano. Dado o tamanho do mercado brasileiro em relação ao global, isso acaba influenciando fortemente em como que o Ibovespa segue”.

Na visão do analista, houve, em maio, uma aliviada importante nesse movimento de retirada de capital, até positivo, por mais que seja muito pouco. “Uma diminuição nessa volatilidade dos juros, tanto aqui como global dá um racional para que o dinheiro possa voltar a fluir, ou pelo menos diminuir a saída desse capital no mercado de risco brasileiro”, explica Grübler.

A diminuição da volatilidade, algo levado em conta na tomada de risco dos portfólios e na própria gestão, pode acontecer tanto com o Copom quanto com uma comunicação mais assertiva do Fed.

Para Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, o que pode salvar o desempenho do principal índice da B3 no próximo mês é alguma notícia muito diferente do esperado, tanto em relação aos dados macro quanto em relação à política.

“Se acontecer alguma coisa não esperada, mas impactante, isso pode mudar. Caso contrário, uma coisinha ou outra, a bolsa lá fora sobe por resultados bons, aqui vai acabar acompanhando. Caso não aconteça nada de ruim na política, coisa assim, não muda nada”, aponta Cohen. 

De olho em Fed e Copom

A reunião de política monetária do Fed será entre os dias 11 e 12, enquanto a do BC ocorre nos dias 18 e 19 de junho. Ambas devem movimentar os mercados. Embora as expectativas já estejam precificadas para uma manutenção da taxa nos EUA e uma possibilidade de acontecer o mesmo no Brasil, os investidores aguardam pistas sobre os próximos passos das autoridades monetárias. 

A previsão inicial, dos juros caírem 0,25% na próxima decisão do Copom, talvez nem ocorra. “Com a briga da diretoria nova com a diretoria que está saindo, não sabemos ainda, isso causa instabilidade”, comenta Cohen.

Diante dos últimos acontecimentos, o mercado está precificando basicamente um corte zero no Brasil. Olhando a curva e as projeções de mercado, a Nippur Finance vê uma expectativa de 85% nas apostas que o colegiado não corte os juros na próxima reunião, enquanto 15% apostam num corte de 0,25% na próxima reunião.

“Esse seria um dos pontos que pode fazer o mercado reverter. Obviamente, para isso acontecer, esses indicadores que vão ser divulgados, especialmente os do mercado lá fora, têm que colaborar para uma expectativa de afrouxamento de juros que permitiria que o Bacen fosse na mesma linha e projetasse um corte que, neste momento, está praticamente descartado”, analisa Reginatto.


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