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Para a Inter Asset, renda fixa ainda está mais atrativa do que a Bolsa
Motivos incluem aumento do risco geopolítico, segundo Marcelo Mattos, CIO da gestora de investimentos

Novembro começa com a expectativa de um novo corte de juros no Brasil e de manutenção da taxa básica nos Estados Unidos, porém os ativos de renda fixa ainda estão mais atrativos do que a Bolsa de Valores, na avaliação da Inter Asset, a gestora de recursos do Banco Inter.

Um dos principais motivos para isso é o recente aumento do risco geopolítico, com o acirramento da guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas. Desde sábado, Israel vem aumentando a pressão, avançando no território palestino da Faixa de Gaza, bombardeando alvos na Síria e fazendo uma incursão na Cisjordânia.

“Esses momentos de conflito são mais inflacionários. Estamos vendo Israel versus Hamas e Ucrânia versus Rússia, mas ainda tem Azerbaijão versus Armênia, eleições em Taiwan em janeiro de 2024”, disse Marcelo Mattos, CIO (chief investment officer) da Inter Asset em entrevista exclusiva à Capital Aberto.

Em cenários tão complexos, o principal objetivo do gestor não deve ser “brincar de acertar, procurar a grande tacada da vez”, mas evitar grandes prejuízos. “Me protejo, limito as eventuais perdas, e posso ter ganhos bacanas”, explicou Mattos.

Desde agosto, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) diminuiu a Selic, taxa básica de juros brasileira, em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano. A maior parte do mercado financeiro está apostando que o ritmo será mantido, com mais uma redução de 0,5 p.p., na reunião da autoridade monetária que se realiza nestas terça (31) e quarta-feira (1). Nos EUA, a opinião majoritária é de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) não vai mexer nos juros, que estão atualmente na faixa de 5,25%-5,5% ao ano, na reunião que também se encerra nesta quarta (1).

Na contramão

Em 2023, até agora, a Inter Asset vem se posicionando em discordância do restante do mercado. “O que a gente viu neste ano foram narrativas muito fortes, e um posicionamento do mercado muito intenso nessas narrativas, e acho que isso abriu uma oportunidade para operar no contrário”, contou Mattos. “Temos discutido muito, nos nossos comitês, a diferença entre narrativa e preço.”

Um exemplo foi o grande pessimismo em relação aos rumos da economia brasileira notado no final do primeiro trimestre do ano. “Os gestores estavam muito pessimistas com as perspectivas, principalmente com o lado fiscal, quando o governo federal apresentava as linhas gerais da ancoragem. Naquele momento, a gente tomou mais posições, principalmente em juros reais no Brasil, e um pouquinho em Bolsa”, explicou o diretor da Inter Asset. “No meio do ano, acho que a narrativa mudou, pois todo mundo ficava muito otimista, precificando juros terminais na casa de 8,75% ao ano, e nessa hora a gente resolveu reduzir as posições todas.”

Nos últimos 30 dias, na visão da Inter Asset, tanto os investidores locais quanto os estrangeiros assumiram uma postura mais otimista em relação ao Brasil – enquanto a percepção do cenário externo está se deteriorando.


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