A PwC lançou recentemente a pesquisa Looking to the future – Private Equity backed survey 2011, na qual contextualiza o momento da indústria no mundo, em particular na Inglaterra, e o ambiente de recuperação da economia.
Embora existam significativas diferenças sociais, econômicas e de perspectivas de mercado, dentre outras, entre o mercado inglês e o brasileiro, há uma inegável característica em comum: a importância da participação dos investidores de private equity na recuperação e expansão das economias.
Os principais resultados da pesquisa confirmam nossa experiência nos mercados internacionais. Enquanto na Inglaterra (assim como em diversos outros mercados desenvolvidos) a indústria de private equity era, antes da crise internacional de 2008/2009, caracterizada por transações fortemente alavancadas e o resultado dos investimentos influenciado por essas estruturas, verificamos que, quando a economia mundial desacelerou, a preocupação dos investidores foi direcionada ao desempenho operacional das empresas nesse novo contexto. No Brasil, dada a característica dos investimentos sem alavancagem financeira, sempre observamos esse foco operacional.
De fato, com base nos resultados de nossas pesquisas anteriores (2009 e 2010), concluímos que as empresas investidas estavam, naqueles anos, fortemente concentradas em corte e otimização de custos – necessários para sua sobrevivência. Esse foi o direcionador da indústria durante o período de 2008 a 2010: sobrevivência no momento de crise.
Agora, a percepção é muito mais completa. O contexto atual demonstra que as empresas investidas profissionalizaram-se e tiveram desempenho superior ao esperado. Além disso, essas empresas têm hoje uma estratégia muito clara da necessidade de crescimento e perpetuidade de suas operações.
Em síntese, entendemos que, no momento, os principais pontos de atenção de investidores de private equity e empresas investidas são:
1. Crescimento é prioridade.
2. Aquisições e consolidações estão de volta à agenda.
3. Alavancagem financeira continua sendo uma preocupação. Ainda existe muita dívida nos balanços e haverá a necessidade de rolagem – e parte significativa de perdas ainda não está reconhecida.
4. Eficiência de custos tributários é oportunidade de ganhos.
5. É vital a atração e retenção de talentos/executivos.
6. Experiência financeira é um diferencial do investidor de private equity (e é incorporada à empresa investida).
7. Período de permanência nos investimentos (holding periods) está maior.
8. Governança corporativa é fator fundamental – em períodos de crise ou bonança, é a ferramenta de controle e valorização das empresas.
Entendemos que esses pontos de atenção e orientação aos negócios são aplicáveis em ambas as economias. Seja no Brasil, onde o investidor de private equity tem um papel fundamental na consolidação do País, num momento em que há uma enorme necessidade de recursos para investimentos em crescimento e desenvolvimento da infraestrutura; seja na Inglaterra, mercado obviamente mais desenvolvido, mas que necessitará do investidor de private equity para sua recuperação.
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