Todos que acompanham a rotina de um profissional de RI sabem que ela não é das mais tranqüilas. Apresentações, divulgação de resultados, teleconferências, relatório anual, road shows. É trabalho que não acaba mais. No meio disso tudo, cabe administrar o telefone, com analistas e investidores preocupados em tirar dúvidas, checar projeções ou apenas jogar conversa fora para ver se pesca um detalhe novo.

Imaginem quando, além desse cotidiano atribulado, o RI tem metas agressivas a cumprir. É cobrado constantemente por seus superiores e, como costuma acontecer nesses casos, tem uma parte da sua remuneração atrelada a elas. Pois é essa maratona que alguns profissionais da área têm enfrentado recentemente. E quando o assunto é meta, são dois os objetivos mais freqüentemente fixados: ganhar liquidez e conquistar analistas para fazer a cobertura do papel.

Para exemplificar essas duas situações, reunimos dois casos de companhias que foram bem-sucedidas nas empreitadas citadas acima. A Log-In, que conseguiu arrematar uma base de analistas para acompanhar o seu papel em tempo recorde, e o Unibanco, que reverteu a baixa liquidez das ações no mercado local e chegou ao Ibovespa. Além de disciplina para traçar o caminho das pedras que leva ao objetivo almejado, é indispensável uma equipe motivada e envolvida com a causa. É bom lembrar que, quando se trata de um RI, as metas não costumam ser cobradas apenas pelos chefes, com algum impacto sobre o bônus no fim do ano. Os investidores também vão acompanhar e cobrar, além de dar aquele desconto amargo no preço se os planos não tomarem, na prática, a mesma forma que ganharam em suas planilhas.