A capitalização das bolsas indianas alcançou a marca de US$ 1 trilhão em meados de 2007, pontuando o acelerado crescimento que o mercado de capitais do país teve nos últimos anos e estimulando ainda mais o interesse de grandes investidores internacionais. Primeiro, o grupo formado pela Bolsa de Nova York, o Banco Goldman Sachs, o fundo de Private Equity General Atlantic e o fundo de investimentos em infra-estrutura do SoftBank adquiriu, cada um, 5% de participação no capital da National Stock Exchange (NSE), a maior da Índia. Agora, o interesse se volta para as corretoras de valores e para as gestoras de recursos, que, estimuladas pela boa fase, formaram uma longa fila para abrir o capital.

A corretora Motilal, que estreou em bolsa na última semana de agosto, viu o preço de suas ações dobrar no primeiro dia de negociação. Além das ofertas iniciais de ações (IPOs), as assets também têm buscado operações de fusão e aquisição. O Standard Chartered Bank anunciou a compra de 49% da UTI Securities, por US$ 40 milhões, e o Lehman Brothers adquiriu o controle da Bric Securities, também local. Outros estrangeiros se movimentam para atuar diretamente no país. O Citibank, por exemplo, já anunciou planos de abrir uma filial da rede de corretoras Citi Smith Barney em cerca de 20 cidades indianas.

Parte do interesse é devida a um forte acréscimo no volume diário de negócios realizados com ações, que triplicou desde 2003, atingindo US$ 1,2 bilhão em agosto. Os fundos de private equity norteamericanos e europeus não ficaram de fora. Apostando nos ganhos que serão obtidos com o processo de consolidação das gestoras de recursos — um segmento ainda extremamente pulverizado, marcado por uma série de players regionais médios e uma infinidade de pequenos —, investiram US$ 270 milhões em assets indianas no primeiro semestre deste ano.