FIDCs ensaiam recuperação no primeiro semestre

Após dois anos fracos, o mercado de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) começa a dar sinais de recuperação. No primeiro semestre deste ano, oito ofertas foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), captando R$ 1,62 bilhão. A soma é mais que o dobro da obtida no mesmo período do ano passado, quando três operações angariaram R$ 577,8 milhões. Ao todo, em 2013, 11 ofertas foram registradas na autarquia, captando R$ 3,55 bilhões. Já o número de novos FIDCs registrados alcançou 45 neste semestre, menos que no mesmo período de 2013, porém entre as três melhores marcas da última década.

Segundo especialistas, o desempenho do primeiro semestre indica uma reorganização do mercado no rescaldo da Instrução 531 da CVM, promulgada em fevereiro do ano passado. A norma alterou a legislação principal que regula o instrumento (a Instrução 393, de 2003), estabelecendo responsabilidades adicionais para os custodiantes e apertando o cerco sobre conflito de interesses. Proibiu, por exemplo, que administradores e gestores sejam cedentes ou originadores dos créditos. O prazo para implantação completa das novas regras expirou em fevereiro.

“A instrução aprimorou o nível de transparência e reduziu o risco de conflito de interesses, mas aumentou o custo da estruturação”, afirma Pedro Junqueira, da Uqbar, empresa especializada em securitização. Até a divulgação das novas regras, as incertezas fizeram o mercado de FIDC estagnar. Em seguida, veio um período de adaptação e amadurecimento. “Com as mudanças, e a divisão dos papéis nos FIDCs mais bem estabelecida, há um movimento de retomada”, avalia Fernanda Amaral, do escritório Felsberg e Associados.

Um dos efeitos da acomodação do mercado, diz Junqueira, consistiu na liquidação de alguns fundos, embora sem impactos significativos na indústria. “Foi um movimento marginal.” Agora, a alta do número de registros suscita a esperança de um futuro mais promissor. Para o especialista, o contexto macroeconômico é positivo, devido ao crescimento do estoque de crédito nos bancos.


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