Depois da Anhanguera Educacional, primeira a abrir o capital entre as companhias do segmento de educação, a fila promete crescer. Ingressaram na lista sob análise da CVM a Kroton, dona da marca Pitágoras, e a Estácio Participações, proprietária da Universidade Estácio de Sá — ambas em preparação para lançar units. Estariam entre as candidatas a engrossar o segmento, segundo fontes do mercado, Centro Universitário Nove de Julho (Uninove), Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), Universidade Paulista (Unip), Unisinos e Positivo Educação. Se confirmados os nomes, a bolsa registrará o ingresso de mais um grupo setorial, logo após a chegada em massa das companhias do setor imobiliário e dos bancos de médio porte.

A estréia da Anhanguera foi bem-sucedida, o que pode atrair ainda outras empresas do ramo. O preço inicial de cada unit foi de R$ 18, teto do intervalo previsto em prospecto. Esta é também a cotação mínima do papel que, após o início das negociações, chegou a valer R$ 29,99. Os R$ 512 milhões captados no IPO, de acordo com o prospecto preliminar, serão destinados, principalmente, a potenciais aquisições (49%) e à expansão das unidades existentes (41%).

Na avaliação de Carlos Lima, diretor de análise da HSBC Investments, além do segmento de educação, é esperada a maior presença de empresas de açúcar e álcool na Bovespa. Muitas já recebem recursos de fundos de private equity, mas o momento macroeconômico é desfavorável. “No setor de bancos de médio porte, ainda temos outras três ou quatro candidatas com chances de acessar o mercado de ações. No de shopping centers, apesar das ofertas em análise, há uma limitação no número de empresas com porte para um IPO. O mesmo acontece com os frigoríficos”, diz.