Tradicionalmente, as ofertas iniciais de ações (IPOs) tendem a estabelecer parâmetros de preço para um determinado setor, visto que em mercados com bom grau de transparência os agentes reagem a ativos semelhantes por entender que eles sejam concorrentes. E o impacto que os IPOs do ano passado tiveram sobre a cotação de companhias já presentes na bolsa confirmam a tese. A valorização média dos setores que assistiram à chegada de novas representantes foi de 132,2% e a maior alta ocorreu no segmento imobiliário: após a estréia da Cyrela, as ações da Rossi subiram 547,3%.
Movimento semelhante foi observado no varejo. A escalada dos preços da Guararapes (que detém o controle da Riachuelo), iniciada meses antes do retorno da Lojas Renner ao mercado de capitais, foi catalisada pela presença da rival. Em sete meses, os papéis evoluíram 264,9%. Um estudo realizado pela Economática a pedido da Capital Aberto, resumido na tabela abaixo, confirma e dá a dimensão do “efeito guindaste”.
Para Marco Melo, responsável por estratégia de vendas na corretora Ágora Sênior, é natural que empresas que participam do mercado há mais tempo se beneficiem da chegada de um novo par. Como o preço inicial das ações reflete, além da capacidade de geração de valor da companhia, o grau de liquidez do mercado naquele momento, é inevitável o ajuste no preço das outras participantes do setor.
Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.
Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.
User Login!
Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.
Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais
Ja é assinante? Clique aqui