A semana tem a divulgação das atas das últimas reuniões de definição de juros do Fed (Federal Reserve, banco central americano) e do BCE (Banco Central Europeu), mas toda a agenda de indicadores e eventos econômicos ficou em segundo plano com a explosão de uma nova guerra no Oriente Médio. O grupo palestino Hamas empreendeu um ataque surpresa a Israel no sábado (7), dando início a um conflito armado na Faixa de Gaza que já matou ao menos 1.200 pessoas de ambos os lados.

Em seguida, Israel ordenou o bloqueio total a Gaza, de forma que os palestinos não tenham acesso a água, comida e combustível. Cerca de 150 cidadãos israelenses de todas as idades foram tomados reféns pelo Hamas.

A tragédia humana é inestimável. Do lado econômico, a preocupação do mercado financeiro em todo o mundo diz respeito aos preços do petróleo caso outros países da região se envolvam na guerra. Pouco depois das 10h30 (horário de Brasília), o barril de petróleo tipo WTI era negociado em alta de 3,8% na Bolsa de Nova York, a US$ 85,81 o barril.

“O risco de uma escalada no conflito, envolvendo outros países, é o principal ponto a ser monitorado nos próximos dias. Apesar de nenhum dos dois países serem grandes produtores de petróleo, o conflito ocorre próximo à grandes produtores do Oriente Médio”, disse Fernando Siqueira, analista da corretora Guide. “No Brasil, a reação deve ser negativa de forma geral, em linha com o que estamos vendo ao redor do mundo. Produtores de petróleo e empresas exportadoras devem ter desempenho relativamente melhor. Empresas mais cíclicas, voltadas para o mercado doméstico devem ter desempenho mais fraco.”

Agenda da semana

Quarta-feira (11)

• 09h: Brasil – IPCA, do IBGE
• 15h: EUA – Ata da reunião de setembro do Fed

Quinta (12)

• Feriado no Brasil (Dia de Nossa Senhora Aparecida)
• 8h – Europa: Ata da reunião de setembro do BCE
• 09h30: EUA – Inflação ao consumidor (setembro)
• 22h30: China: Inflação ao consumidor (setembro)