O comunicado feito pela Vale nesta semana deixou bem claro: não são só os eleitores que querem se livrar dos políticos tradicionais; os acionistas de grandes companhias também acham que se trata de uma ótima ideia. Ao anunciar um roteiro para reduzir a presença dos seus controladores nos próximos três anos e, com isso, minimizar a influência de Brasília sobre a companhia, a mineradora arrancou um sorriso largo dos investidores e viu disparar o preço de suas ações. Protegê-la dos interesses subterrâneos da politicagem é algo que veio a calhar num momento em que o acordo de acionistas que alinha os donos atuais se aproxima do fim.
Foi igualmente congratulada pelo mercado a forma da transação: tudo bem explicado já na largada, com o passo a passo de cada estágio e o cálculo das participações acionárias que restarão aos atuais acionistas e ao mercado em geral. E além disso a previsão óbvia — porém ignorada com frequência por aí — da abstenção do voto dos controladores na assembleia que decidirá sobre a reorganização proposta por eles mesmos. A indefinida fronteira entre o controle minoritário e o capital disperso, entretanto, explica a pulga atrás da orelha que, apesar do mérito da transação, incomoda alguns investidores. Para eles, a beleza da novidade só poderá ser comprovada com o tempo, como mostra a reportagem de Yuki Yokoi nesta edição.
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