O Financial Reporting Council (FRC), entidade que regula as práticas de auditoria e de contabilidade no Reino Unido, quer impedir firmas de auditar e prestar outro tipo de serviço a uma mesma companhia aberta. Em seis de outubro, colocou em audiência pública uma proposta com a proibição. No atual sistema, é comum que as auditorias também atuem junto a clientes auditados como assessores tributários, consultores jurídicos ou de gestão, dentre outros.
A justificativa do FRC é a de que a independência dos auditores pode ficar comprometida com a prestação de serviços que não sejam o de auditoria externa. “Quanto maior o volume alocado em serviços de outros tipos, maior o risco de a empresa ter razões econômicas para não desafiar a administração de seu cliente nas questões de auditoria”, afirma o documento, que está aberto a comentários até 29 de janeiro de 2010.
O FRC também reconhece os argumentos favoráveis da prática. Um deles é o de que a firma de auditoria já conhece tão bem a companhia, que sua atuação em outras áreas pode trazer benefícios em custo e qualidade, criando valor para os acionistas.
Se aprovada, a medida trará impactos significativos na geração de caixa dessas firmas em solo britânico. Em 2008, o grupo que engloba as quatro maiores auditorias do mundo — Deloitte, Ernst & Young, KPMG e PricewaterhouseCoopers —, apelidado de “big four”, obteve cerca de £ 380 milhões em taxas correspondentes a trabalhos não relacionados à auditoria externa, contra £ 530 milhões em serviços de auditoria.
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