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Queda do Bitcoin pode se prolongar, mas não preocupa
Analistas acreditam que o halving em abril dará fôlego para novo ciclo de alta da cripto, estimulado também pelas oportunidades de compra com o recente recuo
Bitcoin, Queda do Bitcoin pode se prolongar, mas não preocupa, Capital Aberto

Depois de bater sua máxima histórica no dia 13 de março, negociado a US$ 73 mil, o Bitcoin (BTC) entrou em um movimento importante de declínio, fechando na sexta-feira (22) a US$ 63 mil. A visão de curto prazo, com a queda de 9% na semana passada, contrasta com a alta acumulada no ano, superior a 33%. O que o mercado se pergunta é se há espaço para mais queda na cotação e quanto a cripto retoma o fôlego altista rumo a um dos eventos mais importantes para formação de preço, o halving marcado para abril.

A Capital Aberto ouviu representantes do Mercado Bitcoin (MB), da Hashdex e da QR Asset Management sobre quais fatores explicam o recuo da criptomoeda a poucas semanas do halving, evento que normalmente potencializa altas, e na busca por sinais de curto e de médio prazo para o ativo digital. Nas análises, dois pontos se repetiram – o bom momento para realização de lucros e as saídas importantes nos ETFs de BTC nos Estados Unidos.

“Virou o ano a US$ 42 mil e foi até US$ 74 mil, agora caindo para perto de US$ 63 mil. Subiu muito mais do que devolveu na última semana o que se explica pela realização de lucro”, comenta Theodoro Fleury, Partner & Portfolio Manager at QR Asset Management. “Lembrando que em 2017, ano em que o Bitcoin subiu mais de mil por cento, tivemos quatro ou cinco quedas próximas de 30% no meio do caminho, e isto ainda não ocorreu.”

Outro fator importante no recuo registrado na última semana foram as saídas dos investidores dos ETFs de Bitcoin no mercado americano. “Os ETFs nas semanas anteriores vinham captando muito recursos, só no dia 12 de março entrou mais de US$ 1 bilhão no segmento de ETF de BTC. Na semana passada, houve resgates todos os dias”, explica Rony Szuster, analista de Research no MB. Um valor líquido superior a US$ 750 milhões saiu dos ETFs entre a segunda-feira (18) e a quinta-feira (20), puxados principados pelas retiradas no GBTC, o fundo fechado da gestora Grayscale..

Com as cotações muito elevadas, após o recorde, saques nos fundos de ETFs e o desejo de parte dos investidores em realizar lucro, o BTC não resistiu e fechou em sua pior semana do ano. Na visão dos especialistas, o movimento pode ainda não ter encerrado.  

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Queda à vista

“Difícil haver uma situação em que se possa dizer, com propriedade, que um ativo com mais de 50% de volatilidade não tem mais espaço para cair. Ainda mais quando esse ativo acumula uma alta de 125% em 12 meses”, comenta João Marco da Cunha, diretor de Gestão da Hashdex. Rony Szuster, do MB, concorda. “Sim, tem espaço para cair um pouco mais, as correções nos ciclos anteriores eram mais acentuadas, uma correção de uns 15% ou 16% é relativamente pouco para o mercado de cripto”, explica Szuster. “Mesmo que o volume de correção tenda a diminuir a cada ciclo podemos esperar de 25% a 30% de queda no ativo, até U$ 55 mil. Neste patamar os investidores voltam a comprar.”

O otimismo dos analistas se explica também pela proximidade do halving que, junto com a aprovação do ETF de Bitcoin no começo do ano pela SEC americana, foram os grandes impulsionadores da alta até aqui. “Os saques dos fundos de ETF são pontuais, assim como a queda do Bitcoin. Lembrando que desde que a SEC aprovou o ETF as captações líquidas chegaram a US$ 12 bilhões”, lembra Fleury, QR.


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Sobre o halving, o executivo acrescenta que o evento deste ano tem suas particularidades. “Nos ciclos passados, as máximas ocorriam depois do evento. Este ano foi a primeira vez em que o Bitcoin fez uma máxima histórica ante do halving, provavelmente impulsionado pelos ETFs.” Na QR, a explicativa é que o grosso da valorização na cripto venha depois do evento de abril, reforçado pela escassez na oferta de Bitcoin e grande demanda pelo ativo. “Quase 70% das moedas em circulação não circulam, quem tem não vende.”

Impacto nas demais criptos

Representando ainda mais de 50% do mercado de ativos digitais, qualquer movimento importante no Bitcoin afeta seus pares. O momento de descolamento entre os diferentes ativos, na visão de Rony Szuster, analista no MB, ainda não chegou. “Há teses de que o descolamento está próximo de acontecer, mas só depois do halving. Este ciclo foi adiantado por causa do ETF e pode ocorrer nos próximos meses.”

Fleury, da QR Asset, faz uma analogia com o mercado acionário. “Influencia os demais sim, o Bitcoin é como um Ibovespa das criptos, um termômetro das demais. Quando sobe muito rouba a liquidez do mercado e acaba penalizando outras. Mas tirando casos pontuais, como este, no geral a tendencia é quando a bitcoin vai bem influencia positivamente outros ativos.”

João Cunha, da Hashdex, acrescenta: “é grande farol do mercado de criptoativos. Em geral, o que acontece no Bitcoin é repetido e, muitas vezes, magnificado nos ativos menores. Portanto, mesmo que o halving seja um evento interno da rede do Bitcoin, é de se esperar que seja sentido em todo o mercado”.


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