As ações do Nubank fecharam com alta de 5,52% nesta sexta-feira (23), um dia depois de o banco divulgar lucro líquido ajustado de US$ 395,8 milhões no quarto trimestre de 2023 – cifra 247,8% maior que a registrada no mesmo período de 2022. No ano passado, a instituição lucrou US$ 1 bilhão, revertendo o prejuízo de US$ 9,1 milhões em 2022.
No começo do dia, porém, a ação chegou a cair. Para o sócio e analista da Mantaro Capital, Pedro Gonzaga, a volatilidade, com eventual queda, tem explicação. “É razoável assumir uma reação inicial negativa no preço das ações do Nubank ao resultado reportado ontem”, diz. E justifica: “O discurso de que a companhia prefere investir em crescimento futuro ao custo de um melhor resultado de curto prazo deve testar o horizonte de investimentos do acionista médio de Nubank”.
Na quinta-feira (22), em nota divulgada pelo banco, o fundador e CEO da instituição, David Vélez, sinalizou planos para o futuro: “Estamos desbloqueando a oportunidade ainda não totalmente explorada da nossa carteira de empréstimos com e sem garantia, aumentando nossa participação no segmento de alta renda no Brasil e fortalecendo nossa presença no México e na Colômbia a partir do lançamento de novos produtos e recursos”.
“Entendemos a fala como: agora é a hora de plantar e não de colher”, avalia Gonzaga. “Esse tipo de estratégia é coerente com discurso da companhia e tende a favorecer perspectivas melhores. Por isso, seguimos construtivos com o longo prazo”, conclui.
Apesar da visão positiva para o longo prazo, para o analista, o custo de captação de depósitos e as despesas administrativas do último balanço decepcionaram. “Surpreenderam negativamente, prejudicando o momento de resultados em uma ação que teve alta importante no passado recente”. Em 2023, os papéis do banco na B3 dispararam em 103,54%.
Novos clientes
Na avaliação do diretor financeiro da instituição, Guilherme Lago, o aumento da clientela é uma das grandes causas da disparada dos lucros no ano passado. “Foram três fatores: aumento do número de clientes ativos, aumento da monetização do cliente ativo e a manutenção de uma estrutura de custo muito eficiente”, disse ele à Reuters.
O Nubank encerrou 2023 com quase 93,9 milhões de clientes – crescimento de 25,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para 2024, a previsão é superar 100 milhões em 2024, de acordo com a nota divulgada à imprensa.
No Brasil, a base de clientes atingiu 87,8 milhões em dezembro, com alta anual de 23,8%. No México, cresceu 62,5% em um ano, para 5,2 milhões. Na Colômbia, atingiu cerca de 800 mil, crescimento de 41,6%.
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