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CPR passa por período de ajuste, mas continuará sendo braço de apoio do produtor rural
Em 2023, os estoques de CPRs alcançaram mais ou menos R$ 300 bi, com um ticket médio de emissão de R$ 2 mi a R$ 3 mi
CPR, CPR passa por período de ajuste, mas continuará sendo braço de apoio do produtor rural, Capital Aberto

Depois de um 2023 desafiador, quando houve quebra de safra em algumas regiões do Brasil e juros acima de 13%, causando restrição de crédito na indústria de mercado de capitais, a emissão de Cédula de Produtor Rural (CPR) passa por um período de ajuste este ano, com o crédito um pouco mais escasso.

Apesar disso, o CPR continuará sendo o principal instrumento de financiamento para o produtor rural, já que os bancos e o Plano Safra não conseguem suprir totalmente a demanda, de acordo com especialistas consultados pela Capital Aberto.

Em 2023, os estoques de CPRs alcançaram mais ou menos R$ 300 bilhões, com um ticket médio de emissão de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões, segundo o sócio da MSA Partners, Marcelo Galvão.


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“O produtor precisa de crédito, principalmente o médio porque ele está projetando a próxima safra”, diz o executivo. Segundo ele, o cenário para os próximos anos é favorável, mesmo com o momento mais apertado para a emissão de CPRs, diante das dúvidas sobre a economia global, uma vez que o agro precisa do mercado de capitais, seja via CPR ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), já que é muito intensivo na procura de capital, seja para produção de soja, por exemplo, ou para compra de maquinário.

Galvão conta ainda que as dificuldades recentes do agro levaram a recuperação judicial de alguns produtores, o que acabou deixando a Faria Lima em alerta na hora de aprovar e ou emitir novos CPRs.

“Hoje, o cenário é um pouco mais cauteloso com relação ao crédito em comparação a 2020, 2021 e 2022. As taxas estão mais elevadas para o produtor rural. Os fundos estão mais cautelosos para produtores mais alavancados. Fala-se em mais ou menos uma taxa de CDI +5, ou CDI +4,5% para CPRs. O ano é de ajuste, mas o agro segue forte, pujante”, diz o sócio da MSA Partners.

O Investidor

Do outro lado do balcão, que é o investidor, que aposta na rentabilidade do CPR para diversificar a sua carteira de investimentos, houve uma tirada de pé, devido aos problemas recentes no setor, afirmou o co-head de Investimentos da Arton Advisors, Raphael Vieira.

“Existe uma demanda por crédito que é infinita, com o Banco do Brasil sendo o principal tomador e aplicador. Essa dinâmica com preços de commodities pujantes é positivo, mas quando há quebra de ciclo machuca um pouco a indústria”, explica o executivo.

Vieira alerta ainda que o momento para os Fiagros – fundos isentos de imposto de renda focados no agronegócio – é ruim -, penalizando o mercado secundário.

Para se ter uma ideia, o crescimento desenfreado dos Fiagros nos últimos anos gerou uma inadimplência muito alta no agro, o que acabou contaminando o setor como um todo. Um gestor que preferiu não se identificar disse à Capital Aberto que muitas gestoras acabaram entrando nesse setor sem nunca ter emprestado para a indústria.

Mas, agora, com os produtores em recuperação judicial, muitos Fiagros estão com uma inadimplência alta e tendo que vender os ativos para tentar recuperar parte do capital, principalmente porque a captação desses fundos acontece em bloco e o dinheiro entra de uma vez só, gerando um problema para o gestor que precisa girar a carteira, para distribuir os dividendos.

Como forma de se precaver, a Arton Advisors, por exemplo, não faz operação deste tipo sem olhar a garantia. “Independente se é CRI ou CRA, sempre olhamos a garantia da operação. Não fazemos isso de maneira clean, sem olhar a garantia”, ressalta o co-head de Investimentos.


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