Alexandre Póvoa*/ Ilustração: Julia Padula
Um dos pontos que têm intrigado o mercado financeiro é a recente valorização do real. Quando o dólar bateu sua máxima em R$ 2,45, em agosto de 2013, não foram poucos os analistas que pregaram a alta probabilidade de um descontrole da moeda, mesmo com a anunciada intervenção cambial do Banco Central (BC) brasileiro. Mais um ingrediente da onda de pessimismo absoluto que tomou conta do mercado financeiro brasileiro e só foi interrompido com a participação dos estrangeiros na ponta contrária.
Hoje, com a oscilação altamente comportada do câmbio (o real se valorizou em 4,5% frente ao dólar em 2013, enquanto a moeda americana só perdeu 0,7% perante uma cesta de moedas no mesmo período), muita gente vem sofrendo prejuízos, sobretudo os investidores locais.
O BC tem sido vencedor em sua atuação com swaps cambiais. A um preço médio de R$ 2,31, a autoridade monetária já ofereceu, em termos líquidos, cerca de US$ 95 bilhões para satisfazer a demanda por dólar — notadamente de fundos multimercados que, além disso, carregavam posições compradas no mercado futuro.
Muitos players foram obrigados a zerar posições para atender a regras de “stop loss” de suas políticas de investimento, o que acelerou o movimento de valorização do real. Porém, com eleições presidenciais pela frente, o fortalecimento da economia americana (que sempre traz especulações sobre a intensidade do tapering) e o “passeio” do IPCA brasileiro acima do teto da meta entre junho e novembro, a compra da moeda americana em patamar próximo a R$ 2,20 parece um investimento de risco-retorno bem interessante, olhando sob a perspectiva dos próximos meses.
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