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Na véspera de decisão sobre juros, inflação aponta para lados diferentes nos EUA e no Brasil
Variação do IPCA é a menor para o mês de novembro desde 2018. Nos EUA, alta mensal fica um pouco acima das expectativas
Inflação no Brasil e Estados Unidos, Na véspera de decisão sobre juros, inflação aponta para lados diferentes nos EUA e no Brasil, Capital Aberto

Um dia antes da decisão sobre taxas de juros do Copom e do Federal Reserve, os números de inflação no Brasil e nos Estados Unidos apontam para lados diferentes. Por aqui, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,28% em novembro, ante a 0,24% em outubro. É a menor alta para o mês de novembro desde novembro de 2018, quando o IPCA registrou deflação de 0,21%. Já nos Estados Unidos, a variação do CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) ficou em 0,1%, contrariando a expectativa de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que esperavam estabilidade.

Mas o núcleo do índice americano que desconsidera itens mais voláteis, como alimentos e energia, teve alta maior, de 0,3%. Por fornecer medidas mais precisas, essa medida é bastante considerada pelo FED nas decisões sobre política monetária.

Em relação a novembro de 2022, o CPI subiu 3,1%, dentro do esperado. O núcleo do indicador  teve taxa anual de 4%, também sem surpresas.

Juros

“O número dos Estados Unidos veio em linha com as expectativas, e a reação do mercado por enquanto indica realmente isto, seguindo muito próximo dos preços antes do anúncio, tanto na bolsa quanto nos juros”, diz Marcelo Oliveira, CFA e co-fundador da Quantzed. 

Ele acredita que a variação do CPI não deva alterar o rumo dos juros americanos, que, na sua opinião, devem se manter nos patamares atuais . 

“O FED provavelmente vai comentar que ainda não está próximo da meta de 2% e, com isso, segurar os juros mais altos por enquanto”, prevê.

IPCA

No Brasil, a inflação apurada pelo IPCA no Brasil “não veio longe das expectativas do mercado”, avalia Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest , a variação dos preços em novembro foi boa notícia. “A inflação dos últimos três meses tem corroborado com essa dinâmica desinflacionária muito benigna, que ajuda bastante no trabalho do Banco Central, que, com certeza, irá observar esse número hoje na sua primeira reunião do Copom”, afirma.

Veja mais detalhes sobre o comportamento do IPCA:

Alimentos e bebidas

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, seis tiveram aumento de preços. O destaque ficou com o item alimentos e bebidas, com elevação de 0,63% – mais que o dobro que os 0,31% de outubro.

O gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, aponta o fator clima como responsável pela variação positiva de preços. 

As temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país são fatores que influenciam a colheita de alimentos, principalmente os mais sensíveis ao clima, como é o caso dos tubérculos, legumes e hortaliças”, disse. 

Serviços públicos 

Outro item que contribuiu para acelerar a inflação de novembro foi habitação, com alta de 0,48%. 

Reajustes de serviços públicos influenciaram o resultado. A conta de luz aumentou 1,07% por causa do aumento em Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. 

Já a  tarifa de água e esgoto subiu 1,02%, com aumentos localizados em Fortaleza e no Rio de Janeiro.  

Transportes 

Os transportes tiveram alta de 0,27%, pressionados sobretudo pelo preço das passagens aéreas, com variação de 19,12%.

Na contramão, quedas nos preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) ajudaram a segurar o preço dos combustíveis, com deflação de 1,58%

INPC

O IBGE também divulgou nesta terça-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos. A alta ficou em 0,10% em novembro, abaixo dos 0,12% em outubro. Em 12 meses, o INPC acumula avanço de 3,85%.

Com Agência Brasil


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