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FMI vê cenário global consistente com soft landing
Relatório do FMI: projeções indicam inflação em queda, mas sem uma grande retração da atividade.
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As projeções do relatório do FMI são cada vez mais “consistentes com um cenário de soft landing, de inflação em queda, mas sem uma grande retração da atividade”.

A afirmação está no documento Panorama da Economia Global, divulgado hoje na reunião anual do FMI e do Banco Mundial, em Marraquexe.

O relatório também revisou para cima a projeção de crescimento do Brasil para este ano, de 2,1% na previsão de julho, para 3,1%.

Para 2024, o fundo estima que o Brasil crescerá 1,5%; 0.3 ponto percentual acima da previsão anterior.

Veja abaixo alguns dos principais pontos do documento:

Relatório do FMI – Quadro geral

Segundo o FMI, a economia global continua se recuperando lentamente dos efeitos da pandemia, da guerra entre Rússia e Ucrânia e da inflação que se seguiu aos dois eventos.

Apesar de a economia global ter evitado a estagnação, o crescimento continua lento e desigual.

Uma recuperação do crescimento aos níveis pré-pandemia ainda parece distante.

Essa avaliação se aplica sobretudo em países de chamadas economias emergentes e aos países desenvolvidos, especialmente na Europa.

Uma exceção entre os países desenvolvidos são os Estados Unidos, onde a resiliência do consumo e do investimento surpreendem.

Crescimento global

Nas projeções do FMI, a economia global deve crescer 3% neste ano. É o mesmo patamar previsto no relatório anterior, de julho.

O resultado representa uma queda de 0.5 percentual em relação aos 3,5% do ano passado.

Para 2024, o FMI reduziu a previsão de crescimento em 0.1 ponto percentual, de 3% para 2,9%.

Isso significaria uma ligeira desaceleração em relação a este ano.

Inflação

Na visão do fundo, a inflação global deve continuar seguindo uma trajetória de queda em relação aos 9,2% de 2022.

A previsão para 2023, na comparação ano a ano, é uma taxa de 5,9%. 

Para 2024, o FMI espera mais desaceleração da alta dos preços, mas em ritmo menor, para 4,8%.

O núcleo da inflação, que exclui alimentos e combustíveis, também deve continuar em trajetória de queda, mas mais lenta.

A previsão do FMI para o núcleo da inflação global em 2024 é 4,5%.

Serviços

O FMI aponta três fatores globais que ajudam a explicar o atual estado da economia mundial.

O primeiro é o comportamento do setor de serviços, cuja recuperação é quase total, na avaliação do fundo.

A forte demanda no segmento ajudou países como França e Espanha, que têm um setor de turismo forte, na comparação com nações de economia mais dependente da indústria, como Alemanha e China.

Essa demanda, porém, começa a se enfraquecer. Isso sugere uma redução da inflação e da pressão sobre o mercado de trabalho no segmento.

Juros altos

O relatório atribui parte da desaceleração da economia à política monetária restritiva adotada pelos bancos centrais para tentar conter a inflação.

O fundo afirma que o aperto monetário começa a pesar, mas que “a transmissão é desigual entre os países”.

Segundo o relatório, o aperto é mais sentido em países em que os juros imobiliários são reajustáveis ou com menor nível de poupança familiar.

Além disso, os países também estão em momentos diferentes do ciclo de ajuste dos juros.

O fundo cita Brasil, ao lado do Chile, como países em que a política monetária já começou a ser afrouxada, em comparação às economias avançadas, em que os juros estão próximos do pico.

Choque de preços

O terceiro fator que está moldando a economia global na visão do FMI ainda é o choque de preços provocado pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Economias mais dependentes da importação de petróleo e gás da Rússia experimentaram um aumento mais agudo nos preços da energia e uma retração econômica mais acentuada.

Segundo estudos realizados pelo FMI, a transmissão da alta dos preços da energia foi a principal causa da elevação do núcleo da inflação na zona do euro.

Nos Estados Unidos, porém, a elevação do núcleo da inflação tende a ser reflexo do mercado de trabalho mais pressionado.

Relatório do FMI – Brasil

O FMI revisou para cima as previsões de crescimento para este ano e para 2024 em relação ao relatório de julho.

Agora, o FMI acredita que o Brasil crescerá 3,1% em 2023, um ponto percentual acima da previsão de três meses atrás.

Segundo o fundo, a revisão foi provocada pelo brilhante desempenho da agricultura no primeiro trimestre e pela resiliência do setor de serviços.

Para 2024, o crescimento estimado é 1,5%, 0.3 ponto percentual maior do que a previsão anterior.

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