Gestores estão preocupados com “saturação” de investimentos em tecnologia, diz BofA
Temores relacionados à concentração em negócios com techs, no entanto, não afasta otimismo dos investidores para o pós-pandemia
Gestores estão preocupados com “saturação” de investimentos em tecnologia, diz BofA

Imagem: photoroyalty | Freepik

Pesquisa global conduzida pelo Bank of America (BofA), um dos maiores bancos dos Estados Unidos, mostra que os gestores de recursos estão “paranoicos” com uma certa saturação no setor de tecnologia. Segundo eles, a intensa negociação de ações do setor representa a maior procura “de todos os tempos” por um nicho de ativos. O questionário do BofA é feito mensalmente com gestores de fundos que têm sob gestão um montante de 646 bilhões de dólares.

A concentração em techs pode ser confirmada por um segundo levantamento do BofA, mostrando que a alta de 7,2% do índice S&P500 em agosto foi sustentada por apenas dez papéis. Entre os cinco principais, as gigantes de tecnologia Apple, Microsoft, Amazon, Facebook e Salesforce, desenvolvedora de aplicativos e softwares. Diante dessa concentração, 22% dos gestores disseram acreditar que uma bolha no setor de tecnologia é hoje o principal risco para o mercado. Ainda assim, a maior preocupação continua sendo uma eventual segunda onda de covid-19, ponto citado por 30% dos entrevistados. Outros riscos mencionados são as eleições americanas de novembro (18%), a guerra comercial EUA-China (12%) e as adversidades relativas a crédito, seja soberano ou corporativo (9%).

Os temores, no entanto, não foram suficientes para afastar as boas perspectivas. Entre os entrevistados para a pesquisa de setembro, 58% afirmaram que o cenário atual é de bull market — em agosto a porcentagem dos que concordavam com a avaliação estava em 46%. Essa também é a primeira pesquisa desde fevereiro em que mais gestores (49%) classificam o momento atual como recuperação (early cycle phase) do que como recessão (37%). O otimismo é tamanho que 84% dos entrevistados esperam um crescimento mais alto da economia mundial daqui em diante. Entre os mais animados, 40% afirmam que a economia ficará “muito mais forte” com o final da crise, o que representa, segundo o BofA, a leitura mais confiante já compilada nas pesquisas do banco.

O olhar positivo dos gestores para a questão macroeconômica também está atrelado à esperança de uma vacina para a covid-19, que eliminaria grande parte dos riscos para o mercado. A maioria dos entrevistados (39%) prevê que uma vacina confiável deve estar disponível no primeiro trimestre de 2021, enquanto 32% apostam em uma solução ainda para o quarto trimestre deste ano.

O relatório também indicou que os gestores de fundos continuam preferindo os Estados Unidos aos mercados europeus, do Reino Unido e de emergentes. A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 10 de setembro.


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