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Economias mais fortes colocam ainda mais luz sobre a inflação
Tanto os EUA como o Brasil têm apresentado dados fortes no mercado de trabalho, mostrando confiança nas respectivas economias
inflação, Economias mais fortes colocam ainda mais luz sobre a inflação, Capital Aberto

A economia americana tem se mostrado forte, assim como a economia brasileira, diante de um mercado de trabalho aquecido, colocando ainda mais luz sobre a inflação aqui e nos Estados Unidos.

No caso americano, o Livro Bege divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Federal Reserve (Fed) mostrou que as economias regionais permanecem fortes, inclusive com a maioria dos distritos apresentando expansão de abril para maio. O relatório, no entanto, aponta que os preços aumentaram a um ritmo modesto, impactando os gastos dos consumidores.

“Os gastos no varejo permaneceram estáveis ​​ou ligeiramente ascendentes, refletindo menores gastos discricionários e maior sensibilidade aos preços entre os consumidores”, diz trecho do relatório.


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Quanto ao emprego, houve um aumento na maioria dos 12 distritos analisados no Livro Bege, o que atesta que a economia americana continua forte, sem a necessidade imediata de corte de juros pelo Fed, corroborando com as falas recentes de membros do banco central americano e de especialistas consultados pela Capital Aberto.

Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, disse que a autoridade monetária pode precisar esperar mais para cortar os juros porque, mesmo com uma leitura de inflação mais fria em abril, há pressão ascendente contínua sobre os preços, segundo a Reuters. O documento divulgado ontem pelo banco central americano relata exatamente essa pressão nos preços.

“Eles (Fed) gostariam de baixar os juros. Mas, enquanto não houver uma medida de inflação que convença, não vai acontecer. E não tem pressa porque a economia está rodando super bem. Não vejo motivo para baixar os juros porque as condições financeiras estão super frouxas”, diz o CEO da Picea Value Investors, um family office baseado em NY, Norberto Zaiet.

Mercado de trabalho se mostra aquecido no Brasil

Internamente, os dados sobre o mercado de trabalho divulgados ontem mostraram uma tendência positiva no longo prazo, uma vez que a taxa de desemprego diminuiu e o número de trabalhadores aumentou.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apontou que o desemprego recuou para uma taxa de 7,5% no trimestre encerrando em abril, abaixo dos 7,6% vistos em janeiro deste ano, registrando o menor patamar em 10 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Levando em consideração a base anual, essa queda é ainda mais acentuada, já que no trimestre encerrado em abril de 2023 a taxa estava em 8,5%.

Em relação as vagas de trabalho, os números do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que o mercado brasileiro teve uma abertura líquida de 240,03 mil vagas com carteira assinada em abril, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo, foram registradas 2,260 milhões de admissões contra 2,020 milhões de desligamentos. O resultado foi melhor do que o visto um ano antes, quando o número ficou em 181,761 mil vagas.

Apesar disso, é importante ressaltar que os dados do mercado de trabalho são uma faca de dois gumes. O primeiro é que um mercado de trabalho aquecido mostra confiança do trabalhador na economia. Por outro lado, isso pode e deve respingar na inflação, uma vez que gera um aumento do consumo e impacta diretamente as cadeias de produção.

Para o CEO da Smart House Investments, André Colares, os dados apontam um aumento da confiança dos trabalhadores, o que pode ser benéfico para a economia. “Isso pode levar a maior mobilidade no mercado de trabalho, impulsionando a produtividade e a inovação nas empresas. Além disso, pode resultar em melhores condições salariais e de trabalho, estimulando o crescimento econômico”.

Embora positivo, Colares ressalta que, aliado a esses dados é necessário considerar as políticas econômicas do governo e as condições macroeconômicas globais, já que as decisões do Fed também influenciam no mercado de trabalho por aqui. “Portanto, a combinação de fatores internos e externos precisa ser cuidadosamente monitorada para entender completamente as tendências e as implicações para o mercado de trabalho no Brasil”.

O Goldman Sachs, por sua vez, explica em relatório que o forte contexto do mercado de trabalho, a redução da margem disponível na economia global, as políticas fiscais e parafiscais expansionistas exigem um monitoramento do seu impacto na inflação dos produtos e no atraso da desaceleração da convergência da inflação.


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