O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, voltou a reduzir o juro básico em meio ponto percentual, mantendo o ritmo dos encontros anteriores. Com a Selic a 10,75% ao ano, o juro real – nominal menos a inflação – fica em 5,90% projetado para os próximos 12 meses. É o segundo maior juro real do mundo, perdendo apenas para o México, com 7,46% ao ano
No comunicado, o colegiado afirmou que o ambiente externo “segue volátil, marcado pelos debates sobre o início da flexibilização de política monetária nas principais economias e a velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países”. Em relação ao cenário doméstico, o Copom afirma que o conjunto dos indicadores de atividade econômica “segue consistente com o cenário de desaceleração da economia”.
A sinalização emitida pelo Comitê é de que o cenário-base não se alterou substancialmente. E afirmam que “anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”.
Nos EUA, juros estáveis e menos cortes em 2025
Os membros do Federal Reserve (Fed) decidiram, unanimemente, manter taxa inalterada na faixa de 5,25% a 5,5%, a mais alta desde 2001, pela quinta reunião consecutiva. Segundo reportagem da Bloomberg nesta quarta-feira (20), eles sinalizaram que devem cortar os juros neste ano pela primeira vez desde março de 2020. Porém, agora com uma projeção de apenas três reduções em 2025, abaixo das quatro previstas em dezembro, com base na projeção mediana.
“O comitê julga que os riscos para alcançar seus objetivos de emprego e inflação estão caminhando para um melhor equilíbrio”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). A declaração após a reunião do Fed foi quase idêntica à de janeiro, mantendo a orientação de que as reduções nos juros não serão apropriadas até que tenham mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável, em direção à sua meta de 2%.
Na coletiva após o encontro do FOMC, Jerome Powell explicou a redução de suas participações em títulos, em queda desde junho de 2022 — um processo conhecido como aperto quantitativo, ou QT. O Fed vem aumentando gradualmente o montante combinado de títulos do Tesouro e hipotecários que permitiu expirar, sem serem reinvestidos, para um total de US$ 95 bilhões por mês. Isso consiste em US$60 bilhões para títulos do Tesouro e US$ 35 bilhões para títulos hipotecários.
“A decisão de reduzir o ritmo não significa que nosso balanço patrimonial encolherá, mas nos permite abordar esse nível final de forma mais gradual”, disse ele. “Em particular, isto ajudará a garantir uma transição suave, reduzindo a possibilidade de os mercados monetários enfrentarem estresse.”
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