As emissões de Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) registraram uma queda de 21% em abril na base anual, para R$ 497,7 milhões. Na comparação com o mês imediatamente anterior, o valor é 391,3% maior, atingindo o melhor resultado mensal do ano, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O número aponta que não apenas um setor ou um investimento específico vem sofrendo com o cenário macroeconômico adverso. O agronegócio, um dos principais motores da economia brasileira, parece que não está imune ao momento delicado para o setor de crédito com um todo, que está mais apertado por conta dos juros elevados. 

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Em abril, foram registradas oito ofertas de direitos creditórios (Fiagro-FIDC) e uma de imobiliária (Fiagro-FII). O boletim da Anbima aponta que os investidores institucionais subscreveram 35,9% das ofertas, enquanto as pessoas físicas totalizaram 25,4%, os fundos de investimento cerca de 23% e os intermediários e demais participantes das ofertas de 14,7%. No acumulado do ano até o mês passado, as emissões alcançaram R$ 765,9 milhões, o que corresponde a 19 ofertas públicas.

Levando em consideração a captação líquida, os Fiagros atingiram R$ 5,5 milhões em abril, sendo R$ 4,8 milhões em Fiagros-FIDC. Em 2024, a captação acumulada é de R$ 530 milhões, com os Fiagros de direitos creditórios recebendo a maior parte do recurso, equivalente a 65,1% do total. 

Por fim, o patrimônio líquido desses fundos cresceu 139% nos últimos 12 meses e alcançou R$ 35,5 bilhões no mês passado. A categoria Fiagro-FII é a mais representativa, com 48,8% do total (R$ 17,3 bilhões), seguida dos Fiagros-FIP, com participação de 37,9% (R$ 13,5 bilhões).