O grupo de empresas não financeiras que podem atuar como coordenador de ofertas públicas, sob o regime da CVM 161, publicada há cerca de um ano, ganhou mais um integrante. A Bloxs Capital Partners (BCP), divisão de Investment Banking do Grupo Bloxs, recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar neste segmento do mercado. Em fevereiro, segundo informou a Anbima, já eram 10 empresas credenciadas, sendo duas não financeiras vinculadas a dois grandes players que já atuam como coordenadores – o BTG Pactual e o Itaú.
Um dos objetivos do regulador, ao editar as instruções CVM 161 e a CVM 160, foi ampliar o acesso a uma gama maior de novos tipos de coordenadores, emissores e investidores, além de simplificar processos e reduzir a intervenção prévia da CVM nas ofertas menos complexas, que passaram a ter um procedimento automático.
A Bloxs Capital, agora como coordenadora de oferta pública, vai manter seu DNA e atender o segmento Small Middle Market, atuando com operações entre R$ 1 milhão a R$ 150 milhões. “Com a autorização, damos mais um passo na segregação e independência na atuação da BCP frente às demais empresas do Grupo, especialmente a plataforma de CMaaS que atende agentes profissionais do mercado e diversas boutiques de investimento, sendo a BCP um dos seus principais usuários”, explica Felipe Souto, fundador do Grupo Bloxs. Guilherme Danelli, diretor-executivo de Expansão da BCP, acrescenta que a autorização “nos permite oferecer aos clientes soluções ainda mais completas e eficientes, promovendo um acesso simplificado ao capital necessário para impulsionar seus negócios”.
Com a autorização da CVM, a BCP espera coordenar ainda no primeiro semestre a oferta pública de dois FIDCs. A Bloxs Capital possui atualmente mais de R$ 1 bi em mandatos, principalmente em operações para emissão de CRI e CRA, informa a empresa.
Primeiras da fila
Com a autorização, a Bloxs Capital entra para uma lista que já conta com 10 nomes. Quem puxou a fila de empresas não financeiras autorizadas a coordenar ofertas públicas, quatro meses após a edição da CVM 161, foi a Oriz Partners. Em entrevista à Capital Aberto em fevereiro, Rafael Prudente, responsável pela área de Operações Estruturadas da Oriz, afirmou que a empresa é agnóstica em relação ao tipo de operação e volume. “Fizemos operações grandes, mas também outras bem menores, que é de certa forma o objetivo da CVM ao estimular este mercado. Coordenamos a emissão de uma nota comercial de uma empresa no Nordeste no valor de R$ 15 milhões.”
Outras companhias não financeiras que também já atuam como coordenadoras de ofertas públicas têm nichos mais definidos de atuação. Na Bamboo Debt Capital Markets Platform, por exemplo, foco é atuar na faixa entre R$ 20 milhões e R$ 200 milhões, principalmente coordenando a emissão de CRI e debêntures. Também é o caso da One Investimentos, empresa que nasceu como uma assessoria de investidores e avançou no suporte aos clientes pessoa jurídica, como escritório vinculado ao BTG. O espaço que a One vai priorizar são operações entre R$ 30 milhões e R$ 100 milhões, com um prazo mais longo.
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