Já faz algum tempo que os bancos de investimentos batalham para prospectar novos clientes internacionais, mas a recente crise das hipotecas americanas de alto risco acelerou ainda mais esse trabalho. O período de turbulência evidenciou que o mercado local ainda está muito dependente de um grupo restrito de aplicadores e que a solução é diversificar.

A Ásia e o Oriente Médio despontam como os “bolsões” de dinheiro mais promissores, e é para lá que os bancos de investimentos voltam suas atenções. Um deles é o Santander, que inaugurará em breve sua primeira operação no Oriente. “Japão, Hong Kong e Cingapura são mercados atraentes, mas a Europa também ficou mais interessante”, diz o economista André Loes.

Gestor de fundos offshore do HSBC, Luiz Ribeiro tem visitado o Oriente. Em outubro, passou uma semana no Japão em contato com investidores institucionais e de varejo. A demanda, muitas vezes, parte dos próprios aplicadores. “Eles querem conhecer o quadro econômico e as empresas. São, inclusive, muito detalhistas. Buscam informações sobre a gestão das companhias, as práticas de governança corporativa e o desempenho dos setores.”