Há uma nova classe de bárbaros nos portões da América corporativa e eles parecem incomodar ainda mais que seus antecessores na década de 80. São os fundos hedge que, assumindo o lugar dos chamados “corporate raiders”, adquirem parcelas superiores a 5% do capital de uma companhia e passam a pressionar seus administradores por mudanças na gestão que contribuam para valorizar o preço do papel. Para tanto, valem-se de processos judiciais, propostas a serem votadas nas assembléias (conhecidas como “proxy fights”) e até mesmo da disputa por uma vaga no conselho de administração. Sua atuação é tachada por muitos de oportunista e acusada de prejudicar os acionistas de longo prazo, visto que muitos costumam se desfazer de suas posições rapidamente, realizando lucros obtidos no curto prazo.
Não é à toa que a grande maioria (89%) dos profissionais de Relações com Investidores (RI) de companhias abertas norte-americanas vê com preocupação o crescente ativismo dos hedge funds e coloca o assunto entre os mais importantes do momento. Os dados foram obtidos pelo National Investor Relations Institute (Niri), em consulta realizada com seus associados, e levaram à publicação de um documento contendo sugestões para lidar com a situação de maneira pró-ativa (veja quadro ao lado).
A estratégia deve se centrar num programa de comunicação que privilegie o contato particular com o hedge fund, evitando discussões públicas. “O ativista sempre tem a palavra final”, diz Linda Kelleher, presidente do Niri, que assina o material distribuído aos RIs. “Espere que os investidores se comuniquem entre si, utilizando os analistas do sell-side em vantagem própria.” Ela ainda aconselha a buscar apoio de outros acionistas, mantendo-os informados sobre a comunicação em curso com o fundo. O Niri também propõe uma série de medidas para reforçar a governança corporativa, melhorar a comunicação com o mercado e reduzir a vulnerabilidade das companhias.
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