Os comitês de apoio aos trabalhos do conselho de administração ganharam espaço nos últimos anos como instrumento valioso para aprimorar o funcionamento do órgão mais elevado na hierarquia das companhias. Agora, mais maduros e consolidados, esses comitês começam a se multiplicar e a ganhar funções intrínsecas à atividade de cada empresa.

Os exemplos vão desde um Comitê de Meio Ambiente na Petrobras, que avalia riscos ambientais e formula estratégias de sustentabilidade, a um sub-comitê de divulgação do formulário 20-F no Banco Itaú, que cuida dos assuntos envolvidos na prestação de contas ao mercado norte-americano. Na Sadia, há um Comitê Fiscal, que procura identificar oportunidades de redução de custos tributários à luz das regras fiscais.

Na siderúrgica Gerdau, um Comitê Executivo representa o principal elo entre o conselho e as operações do grupo. Seu objetivo é identificar sinergias entre as diversas operações e gerir processos funcionais. Na Gol Linhas Aéreas, há um Comitê de Políticas de Risco para monitorar fatores externos que impactam ativos da companhia, tais como movimentações cambiais, no preços dos combustíveis e alterações nas exigências legais relacionadas à segurança e aos procedimentos especiais — às quais as linhas aéreas estão cada vez mais sujeitas devido às ameaças de ataques terroristas.