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Plano de ocupação
ABVCAP traça metas para divulgar o mercado brasileiro no exterior

 

“Ficou claro que estamos indo para a luta armada de estilingue”, concluiu o presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, Alvaro Gonçalves, ao deixar o Emerging Markets Private Equity Forum, evento que reuniu mais de 300 gestores de fundos, bancos, agências de desenvolvimento, acadêmicos e outras personalidades dos mercados de capital de risco em dezembro do ano passado. Diante de países como Índia, China e Rússia, tornou-se evidente para o executivo que a indústria nacional ainda tem um longo caminho a percorrer.

Falta ao Brasil uma sinalização forte de que está disposto a trazer para casa o capital dos grandes fundos de investimento internacionais. Neste sentido, avalia Gonçalves, a Medida Provisória 281, aprovada pelo governo federal em fevereiro, que isentou investidores estrangeiros de aplicações em títulos públicos e, também, em fundos de capital de risco, foi um passo de grande importância. “Só que a MP não foi divulgada na capa do New York Times. Somos nós que temos de fazer o trabalho de divulgar o País”, afirma.

Ele avalia que o Brasil carece de uma estrutura melhor organizada para vender o seu potencial externamente. “A Índia, por exemplo, vende muito bem o empreendedor do seu país. A percepção de excelência que hoje temos deles é fruto de muito marketing”, afirma.

Para dar visibilidade ao Brasil lá fora, a ABVCAP vai buscar patrocínio para um programa de road shows internacional, pelo menos duas vezes ao ano. Planeja também contratar o estudo de uma consultoria para posicionar o Brasil em relação aos seus competidores. “Mesmo que os resultados não sejam bons num primeiro momento, vamos mostrá-los”, afirma o presidente da entidade. Também está na pauta a veiculação de newsletters para o mercado internacional e parcerias com entidades estrangeiras para troca de experiências.

O Brasil tem hoje 50 gestores de fundos de private equity e venture capital. Apenas para se ter uma idéia de ordem de grandeza, os investimentos realizados no País em 2004 (último dado disponível) somaram US$ 253 milhões. Na China, segundo dados do Asian Venture Capital Journal, os novos investimentos nos dois segmentos atingiram US$ 5,7 bilhões em 2005, um crescimento de 175% sobre 2004. Em toda a Ásia, sem contar o Japão, esse número alcançou US$ 8,9 bilhões no ano passado.

Governança corporativa chega ao terceiro setor

Um estudo concluído em dezembro do ano passado mostra que algumas entidades do terceiro setor no Brasil também aplicam as boas práticas da governança corporativa na sua gestão como forma de conquistar a credibilidade dos patrocinadores e, por conseqüência, garantir o recebimento de suas doações. O trabalho é da pesquisadora Marina Mitiyo Yamamoto, professora da FEA-USP e da Fipecafi, que analisou o modo como essas ONGs vêm tratando as questões de ética, responsabilidade administrativa, prestação de contas e transparência. Qualquer semelhança entre esses termos e o vocabulário usado no dia-a-dia de uma companhia aberta não é mera coincidência. “Apesar de o terceiro setor ter características específicas, o financiamento aos seus projetos se assemelha ao das organizações lucrativas”, diz ela.

Os pesquisadores estudaram a gestão da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), da Comunidade Evangélica Nova Aurora (Cena) e da IVN (Igreja Presbiteriana Vida Nova). E encontraram estruturas que, além de contar com auditoria e conselho consultivo, estavam habilitadas a padronizar comportamentos éticos e fiscalizar a administração de recursos. Para Marina, embora existam dificuldades na mensuração dos resultados nessas organizações, elas reconhecem que o fortalecimento de sua imagem passa pelo comprometimento com a transparência, mesmo que vindo com a simples divulgação do número de atendimentos feitos pela ONG. Uma prova de que a governança corporativa é fundamental sempre que se procura um bom relacionamento com as partes relacionadas.


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