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Companhias alinhadas ao desenvolvimento sustentável
Integrantes do ISE cada vez mais se aproximam da Agenda 2030

Na edição de maio iniciamos aqui uma série de artigos que tem os objetivos de discutir as mais significativas tendências na sustentabilidade empresarial e de explorar a ferramenta de transparência criada pelo ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3. Disponível em www.isebvmf.com.br, esse instrumento é um canal que permite a todos os interessados conhecer e comparar as respostas das empresas que integram a carteira do índice.

Este artigo apresenta a questão dos 17 ODS (objetivos do desenvolvimento sustentável), que traduzem em metas as ações urgentes requeridas pela Agenda 2030, acordo firmado em 2015 por todos os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa agenda representa o consenso de lideranças políticas, empresariais, sociais e científicas em relação ao que é necessário para se acelerar a transição em curso, de modo a criar oportunidades e evitar que os riscos decorrentes dos atuais padrões de produção e consumo se convertam, rapidamente, em catastróficas perdas econômicas, sociais e ambientais.

A principal finalidade do questionário do ISE é facilitar a identificação de companhias cujo compromisso com o desenvolvimento sustentável as classifique como referências para o empresariado. Além disso, pretende oferecer aos investidores o que de melhor se pode encontrar no mercado acionário brasileiro em termos de sustentabilidade empresarial. No que se refere aos ODS, isso significa que não basta saber se uma empresa declara conhecê-los ou apoiá-los — é preciso que essas boas intenções estejam refletidas em suas políticas e práticas empresariais. Mais ainda: é necessário avaliar em que medida essas práticas se incorporam ao negócio e efetivamente traduzem as diretrizes e princípios da Agenda 2030.

Assim, para compor o indicador “compromissos voluntários” da sua dimensão “geral”, o questionário ISE começa com perguntas básicas, mas prossegue refinando-as em pontos mais específicos e demandantes.

Na primeira pergunta (GER 2), ficamos sabendo que todas as 34 empresas da carteira ISE 2017 (e também 29 de suas controladas) aderiram formal e publicamente a compromissos voluntários amplamente legitimados relacionados ao desenvolvimento sustentável. Em seguida (GER 2.1), vemos que dentre essas 63 empresas, apenas uma declara não considerar no planejamento e gestão das suas práticas empresariais decorrentes desses compromissos o referencial representado pela Agenda 2030 e pelos ODS. Ainda: dessas 62 empresas, 54 afirmam ter feito análise para identificar se há relação direta e relevante entre essas práticas e os ODS (GER 2.1.1).

Importante lembrar que, para o ISE, é mais importante o processo dessa análise — com a devida qualidade — do que saber quantos ou quais ODS cada empresa indicou. Não obstante, é curioso notar que as respostas à pergunta GER 2.1.1.1 mostram que, por exemplo, os ODS 8 (“emprego digno e crescimento econômico”) e 13 (“combate às alterações climáticas”) são aqueles em que o maior percentual de empresas vê o tipo de relação em questão (73% e 71%, respectivamente). No extremo oposto, apenas 8% das empresas veem relação direta e relevante entre essas práticas e o ODS 14 (“vida debaixo d’água”) e 29% com o ODS 2 (“fome zero”).

Chegando à última e mais relevante pergunta desse tópico, o ISE indaga sobre quatro aspectos indicativos de que a empresa estaria incorporando os ODS de maneira compatível com as premissas e o nível de ambição da Agenda 2030. São eles: análise integrada dos impactos de suas práticas sobre o conjunto dos ODS, estabelecimento de indicadores e metas coerentes com seus objetivos, alocação de recursos em nível compatível com as ambições declaradas e consideração da possibilidade de cooperação com outros atores para os objetivos traçados. No glossário do ISE e em http://bit.ly/EmpresaseODS é possível saber mais sobre as razões e perspectivas relacionadas a esses aspectos.

As respostas dadas na seleção da atual carteira — a primeira em que os ODS foram incluídos — formam um quadro favorável, muito além do que se poderia imaginar para tema tão novo e complexo. Fiel a sua proposta de indicar tendências e sinalizar desafios, o ISE continuará explorando o assunto, esclarecendo aspectos críticos e esmiuçando as práticas correspondentes à adoção dessa nova e essencial agenda da sustentabilidade empresarial.


*Aron Belinky, cooordenador do programa de produção e consumo sustentáveis do GVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas)

 

, Companhias alinhadas ao desenvolvimento sustentável, Capital Aberto

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