Conheça a série completa da pesquisa.
O atual momento de incertezas pode provocar um efeito preocupante para empresas com planos de concretizar estratégias de crescimento: prejudicar a percepção que o mercado tem do valor da companhia. Perder atratividade é um risco que negócios em busca de recursos financeiros de investidores — para agora ou para o longo prazo — não podem correr. Por isso, muitas empresas têm direcionado esforços redobrados para a melhora da percepção de imagem frente ao mercado. O movimento reforça, desta maneira, o papel dos profissionais de relações com investidores (RIs).
Uma pesquisa feita neste ano pela Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) mostra que o profissional de RI figura entre os guardiões da transparência nas empresas — e está cada vez mais envolvido em questões estratégicas, inclusive as de governança corporativa. Todos os consultados para o trabalho concordam com a avaliação de que as boas práticas de governança corporativa têm influência positiva sobre a atração e a retenção de investidores, bem como sobre os preços das ações.
Os tópicos relacionados a governança, aliás, aparecem com frequência nas discussões com investidores, de acordo com 98% dos entrevistados. Como consequência, 76% apontam um alto nível de cooperação entre os profissionais da área de RI e as estruturas que lidam com o tema nas organizações. “Os grandes desafios que o momento econômico impõe às empresas hoje fazem com que o RI assuma uma posição ainda mais estratégica dentro das companhias”, afirma Bruce Mescher, sócio da área de Auditoria da Deloitte e responsável técnico pela pesquisa. “Assuntos de governança corporativa ganham holofotes, o que exige um nível mais alto de envolvimento do RI com a gerência executiva e o conselho de administração”, acrescenta.
A maior relevância e influência dos investidores institucionais, as mudanças regulatórias e a crescente importância das questões de governança influenciam as percepções de valor que o mercado tem das empresas e, consequentemente, alteram a dinâmica das atividades de RI em muitas organizações. Segundo a pesquisa, quase 70% dos executivos consultados enxergam uma lacuna entre o valor da companhia percebido pela própria empresa e aquele notado pelos investidores.
A nova dinâmica das áreas de RI envolve, ainda, uma observação mais atenta dos perfis desses profissionais — e a busca de uma maneira de orquestrá-los a favor dos negócios. “Em função do atual cenário de recursos e investimentos mais escassos, muitas áreas de RI buscam maior equilíbrio entre as quatro faces do papel do RI”, diz Mescher.
As empresas participantes da pesquisa descrevem o perfil das áreas de RI com base em quatro características, detalhadas a seguir:
— Operador (32%)
Garante o funcionamento dos processos de RI com a utilização eficaz dos recursos da área.
— Estrategista (31%)
Provê uma visão analítica para que sejam tomadas decisões alinhadas à estratégia dos negócios.
— Comunicador (24%)
Promove a divulgação de informações financeiras ao mercado e cumpre a exigência dos reguladores.
— Catalisador (13%)
Estimula, de maneira proativa, iniciativas que contribuam para o alcance dos objetivos financeiros, de forma a criar uma cultura de gestão de riscos.
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