A união faz a força? Se o parâmetro for a história da BR Insurance, é preciso mais. O segredo do sucesso ou de um grande tombo está na forma escolhida para unir interesses, o alinhamento.
A BR Insurance foi criada em 2009, como uma sociedade de 27 corretoras.Um ano depois, vieram a abertura de capital e o plano de crescer por meio de aquisições, seguido à risca. Do IPO até hoje, o grupo agregou 25 corretoras. E cada uma foi paga parte em dinheiro e parte em ações. O problema é que o valor das parcelas em ações tem como base os resultados futuros. A carta que sustenta o castelo da companhia, portanto, é o preço da ação.
O castelo balançou para valer com o resultado do quarto trimestre de 2013.O lucro líquido caiu 58%, devido a perdas no valor de ativos e contratos. Não por acaso, os analistas Eduardo Rosman, Gustavo Lobo e José Luís Rizzardo, do BTG Pactual, usaram um termo bíblico para qualificá-lo: “armagedom”. O balanço saiu em 31 de março. No dia seguinte, o papel desabou 30%; em cinco pregões, acumulou perda de 62,8%.
Enquanto isso, a empresa mudou de rumo e de timoneiro. O diretor-executivo, Tuca Ramos, passou a integrar o conselho de administração (com três outros nomes novos, o órgão tem, agora, 60% de membros independentes). E, desde maio, o CEO é Edward Lange.
O primeiro trimestre foi pior ainda: queda de 70% do lucro líquido. Junto com o balanço, a companhia anunciou mais mudanças. O modelo de remuneração passou a dar incentivos para os corretores trazerem contratos e resultados; as áreas comerciais e de suporte administrativo foram centralizadas. A empresa vai passar o ano na captura de ganhos em sinergia e adiou para o futuro a retomada das compras. “Era a solução possível”, acredita Pedro Zadeu, analista do Banco Fator. “A estrutura de custos vai aumentar, e só os próximos resultados dirão se essas mudanças vão resultar em mais alinhamento.”
Por enquanto, o que se sabe é que a BR Insurance está em fase de reconstrução de resultados e de sua reputação. No IPO, estabeleceu-se um lock-up (período no qual os acionistas originais não podem vender as ações) de quatro anos. Vencido o prazo, o alinhamento entre os sócios antigos e os interesses da companhia foi posto à prova. Segundo um relatório da Comissão de Valores Mobiliários divulgado em abril, conselheiros e diretores venderam algumas ações em janeiro, antes de o papel desabar com o “armagedom”. Ou seja, parte da antiga direção perdeu menos que os outros acionistas.
A escolha das companhias para esta seção é feita a partir de um levantamento da Economática com a oscilação e o volume negociado mensalmente por ações que possuem giro mínimo de R$ 1 milhão por dia. A partir daí, são escolhidas aquelas que se destacam pelas variações positivas e negativas nos últimos seis meses.
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