A maioria esmagadora das eleições de membros do conselho de administração nos Estados Unidos é realizada somente com candidatos apoiados pelo board — são as chamadas eleições incontestadas.
A burocracia e o alto custo propiciados pela regulamentação norte-americana inibem os acionistas minoritários de indicar os candidatos de sua preferência. Apesar de não refletirem formalmente o desejo dos minoritários, tais eleições podem revelar suas percepções sobre a companhia e também influenciar as cotações das ações. Essa foi a descoberta de um estudo feito por professores da Universidade da Pensilvânia.
Ao usar os dados de eleições incontestadas de empresas do S&P 500, entre 2000 e 2004, o trabalho descobriu que quando os percentuais de votos favoráveis foram baixos, os papéis das companhias tenderam a se valorizar. Para os autores, essa variação positiva indica que o mercado prevê uma mudança de rumos na empresa. “Numa situação assim, o conselheiro fica impelido a mostrar serviço, pois a percepção é a de que o acionista não está muito satisfeito com o trabalho dele”, avaliam.
Companhias que elegeram conselheiros com baixa taxa de aprovação tiveram maior incidência de trocas de CEOs e menores níveis de remuneração da diretoria executiva. “Ao contrário do que se pensava, resultados de eleições não contestadas servem como indicativo importante da percepção do acionista quanto ao trabalho do conselho”, conclui o estudo.
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