A bolsa eletrônica Nasdaq anunciou em fevereiro que pretende propor regras que permitam a listagem das controvertidas Special Purpose Acquisition Companies (Spacs), empresas voltadas para aquisições. Responsáveis por 25% do número de IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês) realiza- dos em 2007 e por 53% dos que aconteceram este ano, elas só podiam ser listadas na American Stock Exchange. Por causa da má reputação, a Bolsa de Nova York recusou-se a negociar ações das Spacs. A própria Nasdaq não aceitava listá-las, mas mudou de posição com a informação de que esse tipo de empresa arrecadou, em 2008, cerca de 75% de tudo que foi investido em IPOs nos Estados Unidos.
Na prática, uma Spac é formada por um grupo de gestores interessados em adquirir uma empresa para gerenciá-la. Eles procuram um banco de investimento para levantar capital em bolsa. Uma taxa (cerca de 10%) é cobrada pelo banco, e os gestores têm dois anos para comprar uma empresa de um mercado a ser escolhido. Cerca de 20% dos lucros da companhia adquirida ficam com os gestores e, se a aquisição não acontecer nesse período, o investidor tem seu dinheiro de volta. A má fama vem da impressão de que as Spacs são uma forma que bancos de investimentos e gestores encontraram para arrecadar grandes quantias, deixando boa parte dos riscos para os investidores, que se tornam acionistas das empresas adquiridas.
Pensando nesses problemas, a Nasdaq divulgou que vai adotar regras de listagem mais rigorosas para as Spacs. Uma delas é que a aquisição deve ser aprovada pelos acionistas e pela maioria dos diretores da Spac. Outra diz respeito ao tempo máximo para a aquisição, que passaria de dois anos para três. A medida tentaria evitar aquisições precipitadas.
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