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Ibovespa não resiste ao dissenso do Copom e cai
Índice operou em baixa ao longo de todo o pregão, com investidores digerindo um comunicado mais “hawkish” do colegiado
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O corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic veio em linha com as expectativas, mas a leitura dos sinais emitidos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) pesou no humor dos investidores em renda variável. O tom, considerado duro, jogou as ações para baixo e o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda de 1%, a128.188. pontos.

No comunicado após a reunião, os diretores mencionaram a inflação persistente nos Estados Unidos e os riscos geopolíticos para explicar a redução no ritmo de afrouxamento da política monetária, após seis cortes de meio ponto percentual na Selic. “Apesar da decisão do Copom seguir em linha com a expectativa, vimos nesta quinta-feira (09) forte avanço no DI futuro com o mercado absorvendo de forma negativa a divisão da decisão”, comenta Arlindo Souza analista da Levante Inside Corp. “Ficou bem claro que os membros do BC indicados pelo atual governo votaram por um corte mais agressivo nos juros enquanto os membros indicados anteriormente seguiram uma postura mais cautelosa em virtude do cenário internacional.”

Na visão de Souza, a leitura feita pelo mercado do dissenso no Copom é de que haverá uma postura mais agressiva do próximo BC, mais alinhado com o executivo. “Por outro lado, há uma expansão da política fiscal, o que poderia gerar um descasamento entre política fiscal e monetária em um momento em que se aguarda sinais mais claros de inflação ancorada”, comenta o analista da Levante.

A associação entre juros futuros em alta e a queda do Ibovespa também foi feita por Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me Banco. “A divergência no Copom estressou o mercado de juros e a bolsa, que passou o dia em queda. No comunicado, mais hawkish, o Copom destacou preocupações com o cenário global e com a atividade econômica mais aquecida por aqui”, explica. Destacando que entre as quedas a Eletrobras, após divulgar balanço do primeiro trimestre abaixo do esperado pelo mercado. “O lucro da companhia caiu para R$ 331 milhões, redução de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. Diante disso, os investidores saem do papel no dia de hoje e buscam outras oportunidades.”

Outra ação de destaque no campo negativo é Lojas Renner, com queda de 6,47%, a R$ 15,76. Apesar de ter divulgado um lucro líquido de R$ 139,3 milhões, acima do esperado, na teleconferência de resultados o CEO comentou que o forte calor dos últimos meses pode atrapalhar as vendas no segundo trimestre. “Além disso, ele afirmou que as enchentes no Rio Grande do Sul podem prejudicar as vendas. O papel também sofre com a alta na taxa dos juros futuros hoje, assim como outras empresas do setor como Arezzo.” A Arezzo fechou em baixa de 4,29%, a R$ 49,75. Na ponta contrária, subiram os papeis da Rede D’Or, perto de 2,6%, refletindo o anúncio da parceria com a Bradesco Seguros, para a criação da chamada Atlântica D’Or. A notícia animou o mercado e faz a empresa liderar as altas do índice nesta quinta-feira.

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