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Balanço das big techs movimenta mercado de ações
Números de Apple, Amazon e Meta, todas com BDRs na B3, são esperados pelos investidores
Big techs, Balanço das big techs movimenta mercado de ações, Capital Aberto

A temporada de balanços é sempre ponto de referência para o investidor do mercado de ações. Nos Estados Unidos, a expectativa pelos números das big techs – Apple, Microsoft, Amazon e Meta – é sempre grande e tende a mexer com os mercados. Neste ano, quem puxou a fila foram Microsoft e Alphabet (holding do Google) e com decepção para investidores.

O setor liderou a queda do S&P 500 nesta semana, à medida que os resultados das duas empresas foram recebidos e promoveram um movimento de vendas dos papeis por parte dos traders. Os investidores, que alavancaram as ações para recordes, baseando-se nas perspectivas de que os esforços em Inteligência Artificial (IA) impulsionariam lucros e vendas, agora demonstram uma postura mais cautelosa.

“O mercado parece exigir cada vez mais dessas empresas”, comenta Quincy Krosby, estrategista-chefe global da LPL Financial LLC. “O mercado reconhece que foi rápido demais e está sinalizando: a menos que surpreendam, vamos ajustar as expectativas.”


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As ações das big techs foram o motor do rali do S&P 500 para território recorde em janeiro, mas que esta semana aponta para incertezas. O índice Nasdaq 100, focado em tecnologia, registrou sua maior queda em três meses na quarta-feira (31), após resultados aquém do esperado e das declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, desfazendo as esperanças de um corte nas taxas de juros em março.

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Expectativa por Apple, Amazon e Meta

Os resultados da Apple a serem divulgados ainda hoje estão no centro das atenções dos investidores. As ações da empresa, sediada em Cupertino, Califórnia, refletem preocupações com as vendas mornas do iPhone e sua abordagem gradual à inteligência artificial.

Os analistas de Wall Street projetam que a Apple reporte cerca de US$ 118 bilhões em receita para o primeiro trimestre fiscal, um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Se a empresa atender à estimativa, será a primeira expansão de receita após quatro trimestres consecutivos de vendas em declínio.

Este retorno tímido ao crescimento ocorre apesar dos desafios globais enfrentados pela Apple, como as restrições chinesas à tecnologia estrangeira e à análise antitruste na Europa. Embora tenha conquistado a reputação de uma das “Magnificent Seven” (as ‘Sete Magníficas’ empresas da bolsa) de 2023, com um aumento de quase 50% e um recorde atingido em dezembro, as ações têm enfrentado dificuldades neste ano.

Na Amazon, o foco está no negócio Amazon Web Services, assim como nas expectativas para o segmento de publicidade após o lançamento de anúncios no serviço Prime Video nos EUA. As vendas da AWS devem expandir 12%, atingindo US$ 24 bilhões dos projetados US$ 166 bilhões em vendas do quarto trimestre, de acordo com a média das estimativas compiladas pela Bloomberg. O lucro operacional, segundo a agência, deve quase quadruplicar.

Analistas esperam que a Meta Platforms, empresa-mãe do Facebook, entregue uma receita de US$ 39 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 21% em relação ao período anterior. Das três, as ações da Meta foram as que tiveram o maior ganho em 2024.  A empresa pode começar a colher os frutos de seus investimentos em inteligência artificial, conforme indicado por analistas do Bank of America (BofA) liderados por Justin Post em uma nota de pesquisa na quarta-feira.

Big techs na B3

A bolsa brasileira também dá acesso ao investidor local, por meio de recibo de ações (BDRs) aos papeis das grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Quem brilhou no ano passado, espelhando o desempenho no exterior fruto de uma mudança de rota, foi a Meta (M1TA34), com valorização de 170,95% no ano passado.

Os papeis das concorrentes, com uma precificação mais ajustada, também exibiram bom desempenho no ano passado, embora mais modesto do que o da Meta. A Apple (AAPL34) com avanço de 32,89%; Microsoft (MSFT34) com alta de 42,29% e Amazon (AMZ034) com 63,01% de ganhos..

Jogo de longo prazo

Apesar dos desafios iminentes para as ações de tecnologia nas próximas semanas, isso não significa necessariamente o fim do rali no mercado acionário.

As principais empresas de tecnologia ainda são consideradas apostas seguras para investidores que buscam proteger suas carteiras contra uma possível desaceleração econômica ou maior incerteza geopolítica – elas possuem balanços sólidos e é esperado que continuem a crescer.

“Eles são o destino em quase qualquer cenário”, destaca Krosby, devido aos diferentes contextos macroeconômicos que enfrentaram. Uma correção nas ações de tecnologia após máximas históricas não é necessariamente um sinal baixista, especialmente se acompanhada por compras em empresas menores, indicando uma ampliação do rali de 2023. Isso também pode proporcionar oportunidades para os investidores aumentarem suas posições.

“Ainda são as ações em que você quer estar, e isso está dando aos investidores a oportunidade de comprar a queda”, afirma Jay Woods, estrategista-chefe global da Freedom Capital Markets.


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