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Quebra de sigilo?
Bovespa quer ajudar os bancos a preterir os flippers nas ofertas, mas CVM avalia legalidade da iniciativa

A Bovespa anunciou em junho uma proposta para desestimular a participação de investidores pessoas físicas que se comportam como flippers nas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs). Para quem não sabe, flipper é aquele que, como os golfinhos, salta de acordo com a maré: adquire ações no lançamento e as vende logo depois, apenas para ficar com o ganho usual dos primeiros dias de pregão.

Descontentes com essa prática, as instituições financeiras decidiram pedir a interseção da Bovespa, que não só concordou com a reivindicação, como chegou a sugerir algumas soluções: impedir a participação nos IPOs daqueles que “flipam” por três operações consecutivas e dar prioridade de compra ao investidor com mais propensão de permanecer com a ação. “Como auto-reguladores, temos o privilégio de acompanhar as mudanças do mercado e propor medidas para melhorá-lo”, disse o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho.

A idéia da Bolsa é informar aos bancos a identidade dos flippers para que eles sejam preteridos no processo de alocação. No Brasil, o sistema de alocação dos ativos é feito através do bookbuilding, que garante às instituições financeiras plenos poderes para vender a ação a quem achar que deve, seguindo a estratégia combinada com seu cliente. Isso já ocorre com os investidores institucionais, mas agora parece ter chegado a vez das pessoas físicas.

O problema é que a revelação, pela Bovespa, da movimentação de cada acionista aos bancos pode ser interpretada como quebra de sigilo bancário. Por essa razão, o assunto está em análise pela área técnica da CVM. Para Claus Silfverberg, secretário- geral da Federação Mundial de Investidores, que esteve em São Paulo no 9º Encontro Nacional de RI, a idéia não é bem-vinda. “Não é com punição que se ensina a pessoa física a enxergar o mercado no longo prazo. Só a educação permite criar uma cultura financeira”, disse.


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