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Catherine Kinney – É preciso crescer, sempre
Catherine Kinney trabalha na Nyse há exatos 32 anos. Passou por cargos gerenciais em várias divisões, incluindo as de Planejamento de Tecnologia, Marketing e Regulamentação. Em junho de 1995, assumiu a vicepresidência de operações e hoje é responsável por novas listagens e pelo relacionamento com as companhias já listadas, além de supervisionar as operações de mercado da bolsa norte-americana.

 

ed35_p042-046_pag_5_img_001Em entrevista exclusiva concedida por telefone à Capital Aberto, a presidente e co-diretora de operações da Bolsa de Nova York (Nyse) falou sobre o processo de consolidação das bolsas estrangeiras e da operação de fusão em curso da bolsa norte-americana com a Euronext. Num dos maiores mercados do mundo, a busca pela liquidez e pelo crescimento contínuo ditam o ritmo.

Como as fusões com a Archipelago e a Euronext se encaixam na linha de negócios da bolsa?

As duas fazem parte de uma estratégia clara de criar novas oportunidades de crescimento e ampliar a liderança da Nyse no movimento de consolidação que os mercados de capitais vivem hoje em todo o mundo. O objetivo final é acessar novos produtos, serviços e áreas geográficas que nos permitam conquistar relevância internacional cada vez maior. Com a operação da Euronext, devemos passar a atuar no mercado de futuros, um novo produto para nós. Devemos também abrir uma via de acesso para companhias que não estão listadas nos Estados Unidos e desejam chegar ao investidor norte-americano e, na mão oposta, conectar investidores europeus às companhias listadas no mercado norte-americano.

Ao permitir este acesso, a Nyse não estaria “canibalizando” o segmento de companhias internacionais nela listada?

Na verdade, não. O panorama de listagens internacionais sofreu alterações muito profundas nos últimos tempos. Apenas uma das 25 ofertas públicas iniciais de companhias estrangeiras aconteceu nos Estados Unidos no ano passado. Existem hoje outros mercados altamente internacionalizados e com bons níveis de liquidez competindo com o mercado norte-americano. A decisão passa a ser pautada também por aspectos estratégicos diferentes dos do passado e não só pelo desejo de acessar o investidor internacional. As companhias que optam por listar aqui têm um compromisso diferenciado com o nosso mercado e, portanto, não acreditamos na possibilidade de canibalização dos programas de ADRs.

A senhora não acredita que, neste novo cenário, o numero de aberturas de capital nos EUA poderá cair ainda mais, uma vez que as companhias preferirão fugir da SOX?

Acho importante que se tenha clara a diferença entre negociação e listagem. E por isso é tão relevante o processo de consolidação e do modelo que devemos adotar quando a fusão com a Euronext estiver concluída. Falo da fungibilidade dos papéis, que permite às companhias listadas somente nas bolsas da Europa a negociação em dólares na Nyse e às companhias listadas apenas nos Estados Unidos a negociação em euros nas bolsas européias. Nessas condições, a legislação não é uma barreira. As companhias empreendem os esforços que são necessários à adequação sem maiores hesitações. O importante é garantir que as vias estejam abertas para que investidores e companhias do mundo todo tenham acesso uns aos outros.

A bolsa brasileira está em processo de desmutualização. Ela seria um potencial alvo da Nyse?

No momento, estamos 100% focados na Euronext e não temos estratégias desenhadas para outros mercados. No entanto, a nossa visão é a de que o processo de consolidação está apenas começando. Estaremos o tempo todo atentos às oportunidades de crescimento e de reforço no pool de liquidez que só as associações entre bolsas de diversas regiões pode oferecer.


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