Em meados de fevereiro, o Federal Financial Markets Service (FFMS) aprovou um pacote de reformas para garantir maior estabilidade ao mercado de capitais russo. O presidente do órgão regulador alega que o atual ritmo de crescimento do mercado — cuja capitalização alcançou 79% do PIB (US$ 600 bilhões) em 2005 — está além dos fundamentos econômicos, o que amplia o risco de uma “bolha financeira”.
Analistas vêem exagero nas apreensões do regulador, pois entendem que a evolução do principal índice da bolsa (RTS) — que atingiu 83% no ano passado e outros 20% em 2006 — foi atípica, com poucas chances de se repetir. Para eles, os números refletem o impacto de dois fatores isolados: a recuperação dos investimentos após o trauma deixado pelo caso Yukos (companhia privada de petróleo que teve seu proprietário processado e preso por fraudes e evasão fiscal) e a euforia trazida pela remoção, no início deste ano, das barreiras às negociações por estrangeiros das ações da Gazprom (gigante do setor de energia que tem 51% do capital nas mãos do governo russo).
O governo, no entanto, se deixou convencer pelo alarme de uma nova crise e determinou que a versão final do plano seja apresentada até 15 de março. Com implementação prevista em um período de três anos, as mudanças se concentram na eliminação de barreiras regulatórias que hoje inibem o acesso ao mercado, como as exigências de listagem e os prazos de registro. Para assegurar um crescimento de longo prazo e ganhos significativos de liquidez, serão revistas as regras que regem atividades de intermediação financeira, as exigências de prestação de contas — de modo a alinhá-las aos padrões mundiais — e as estratégias de retenção dos investidores institucionais nacionais.
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