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Crescimento da indústria de serviços dos EUA desacelera e Powell ainda vê espaço para cortes nos juros
Desaceleração no crescimento dos salários alivia preocupações de que a economia esteja muito aquecida.
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O crescimento da indústria de serviços nos Estados Unidos desacelerou ainda mais em março, enquanto o medidor dos preços pagos por insumos pelas empresas caiu para o menor nível em quatro anos, algo positivo para a perspectiva da inflação.

No entanto, a moderação na inflação provavelmente será gradual, uma vez que outros dados divulgados nesta quarta-feira (3) sugeriram que as empresas estavam dispostas a oferecer grandes aumentos salariais para trabalhadores que trocavam de emprego em março. Embora as condições do mercado de trabalho estejam se afrouxando, trabalhadores qualificados continuam escassos em setores como a construção.


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“Isso significa que a inflação nos serviços deve continuar a diminuir nos próximos meses, o que é um sinal positivo para o Fed após leituras de preços mais altos no início de 2024″, disse Ben Ayers, economista sênior da Nationwide em Columbus, Ohio. “Ainda assim, com as condições de trabalho fortes, o primeiro corte na taxa de juros pode ser adiado para o segundo semestre de 2024.”

O ISM disse que seu PMI não-manufatureiro caiu para 51,4 no mês passado, de 52,6 em fevereiro. Foi a segunda queda mensal consecutiva no índice desde a recuperação em janeiro. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subisse para 52,7 em março. O PMI permanece consistente com uma economia que continua a expandir, embora em um ritmo moderado. 

Neste dia, as ações em Wall Street seguem negociadas em alta. Já o dólar caía em relação a uma cesta de moedas, enquanto os preços dos títulos do Tesouro dos EUA estavam mais baixos.

Insumos e emprego

Com a desaceleração da demanda, também diminuiu a inflação nos serviços. A medida da pesquisa dos preços pagos por insumos pelas empresas caiu para 53,4, leitura mais baixa desde março de 2020, em vista dos 58,6 em fevereiro. Dados da semana passada mostraram que a inflação nos serviços, excluindo energia e habitação, diminuiu consideravelmente em fevereiro, após acelerar em janeiro. No entanto, as empresas continuam preocupadas com a inflação.

O medidor de emprego no setor de serviços da pesquisa subiu para 48,5, de 48 em fevereiro. 

Dados governamentais na terça-feira mostraram que havia 1,36 vagas de emprego para cada pessoa desempregada em fevereiro, em comparação com 1,43 em janeiro. Com o mercado de trabalho ainda apertado, os empregadores continuam buscando oportunidades para aumentar seus salários.

Já o Relatório Nacional de Emprego da ADP nesta quarta mostrou que o salário médio para trabalhadores que mudam de emprego aumentou 10% em relação ao ano anterior em março, após aumentar 7,6% em fevereiro. Os salários para trabalhadores que permanecem em seus empregos subiram 5,1%, após um ganho semelhante em fevereiro. Os empregos privados aumentaram em 184.000 em março, após avançarem 155.000 em fevereiro.

Powell ainda vê espaços para corte

Apesar dos dados, a atividade econômica mais forte do que o antecipado este ano não alterou a expectativa geral do Fed de que a inflação em declínio permitirá cortes nas taxas de juros este ano, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, nesta quarta.

Powell destacou os sinais de que as condições do mercado de trabalho estão menos apertadas do que têm sido nos últimos anos, uma visão que tem aliviado preocupações de que os salários e os preços possam subir em conjunto.

Enquanto isso, sinais de inflação mais forte do que o esperado em janeiro e fevereiro não abalaram a postura do Fed de que o crescimento dos preços continuará a desacelerar apesar de alguns solavancos, disse o presidente do Fed em uma conferência em Stanford, Califórnia.

“Os dados recentes não alteram substancialmente o quadro geral, que continua sendo de crescimento sólido, um mercado de trabalho forte, mas reequilibrado, e a inflação se movendo para baixo em direção a 2% em um caminho às vezes irregular”, afirmou ele.

A maioria dos funcionários do Fed continuou a ver pelo menos três cortes como apropriados este ano nas projeções apresentadas em sua reunião mais recente no mês passado.

“À medida que o progresso na inflação continua e a pressão sobre o mercado de trabalho diminui, esses riscos continuam a se equilibrar melhor”, disse Powell.

Os investidores nos mercados futuros de taxas de juros atualmente atribuem uma probabilidade levemente superior a 50% de que o Fed cortará as taxas em sua reunião no meio de junho. A próxima reunião do Fed está marcada para 30 de abril a 1º de maio.

Alguns analistas apontaram para o forte crescimento e contração vigorosa ao longo do último ano como evidência de que a política monetária não é restritiva, mas Powell disse que não concordava com essas visões durante a sessão de perguntas e respostas que seguiu seu discurso. Segundo ele, a recuperação das cadeias de suprimentos, bem como um influxo de trabalhadores para o mercado de trabalho no ano passado, incluindo o aumento da imigração, poderiam explicar por que a economia cresceu a uma taxa muito mais rápida do que os economistas antecipavam, considerando como o Fed elevou e manteve as taxas de juros em um máximo de 23 anos.

“Não é certo — ou talvez seja muito cedo — concluir que há algum descompasso significativo em termos de transmissão da política monetária”, disse Powell.

Powell também minimizou um debate relacionado sobre se houve um aumento na chamada taxa de juros neutra, ou a taxa que deve ser esperada quando a inflação está no objetivo do Fed e o banco central não precisa estimular ou desacelerar a atividade.


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