A ata do Federal Reserve (Fed) mostra que os dados recentes de inflação não aumentaram a confiança no processo desinflacionário, demorando mais tempo do que se pensava anteriormente, aumentando a possibilidade de manter os juros em patamar restritivo por mais tempo.
No documento, os membros do Fed ressaltaram que os recentes aumentos da inflação foram relativamente generalizados. “Os participantes discutiram vários fatores que, em conjunto com uma política monetária adequadamente restritiva, poderiam apoiar o regresso da inflação ao objetivo do Comitê ao longo do tempo”.
Segundo a ata do Fed, embora a política monetária tenha sido considerada restritiva, muitas autoridades comentaram a incerteza quanto ao grau de restritividade. Os membros consideraram que a incerteza é advinda da possibilidade de que as taxas de juro elevadas talvez não estejam surtindo tanto efeito assim. Vários participantes mencionaram a vontade de apertar ainda mais a política caso os riscos para a inflação se materializem “de uma forma que tal ação se torne apropriada”.
“O que ficou claro, basicamente, são as incertezas quanto à restrição da política monetária americana. Na minha visão, também ficou claro que, se for necessário, em virtude do controle da inflação, eles podem realmente apertar a política monetária, subindo mais os juros. E eles não têm problema com isso, mesmo com o mundo preocupado com isso”, aponta Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, acrescentando que o documento foi hawkish (duro).
Esse aumento das incertezas, inclusive, fez o Ibovespa, assim como as bolsas em Wall Street, afundarem ainda nesta quarta. Por volta de 16h20, o principal índice da B3 caía 1,46%, aos 125.557 pontos. Lá fora, o Dow Jones operava em baixa de 0,61%, a 39.629 pontos, enquanto o S&P tinha queda de 0,46%, a 5.296 pontos. O Nasdaq, por sua vez, caía 0,47%, a 16.753 pontos.
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