A agência de classificação de risco Moody´s manteve o rating do Brasil em Ba2, mas alterou a perspectiva de estável para positiva, uma boa notícia para o governo em meio às dúvidas sobre a meta fiscal.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (1°), a Moody´s disse que a iniciativa é sustentada pela avaliação de que um crescimento mais robusto do Brasil, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, que pode permitir uma estabilização da dívida. “Contudo, existem riscos para a execução por parte do governo da consolidação orçamental contínua”.

A decisão da agência de risco deve animar o mercado nesta quinta-feira (2), quando voltam as negociações na B3, depois do feriado do Dia do Trabalho, já que, embora o Brasil ainda permaneça na categoria “especulativa”, o país está a duas posições do famoso “grau de investimento”, uma espécie se selo de “bom pagador”.

Adquira ferramentas para uma oferta pública de ações ou dívida no curso Resolução 160

Para 2024 e 2025, a Moody´s espera que o país tenha um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 2%. No médio prazo, por sua vez, a expectativa é que o crescimento fique bem acima da taxa média anual vista na pré-pandemia, de -0,5%.

Na visão da agência de risco, o desempenho econômico do Brasil surpreendeu positivamente em 2022 e 2023, impulsionado pela forte produção agrícola, apoiada por uma colheita recorde e pela expansão fiscal. Nos próximos anos, a Moody’s prevê um crescimento generalizado, estendendo-se aos setores da indústria e de serviços, diante de um mercado de trabalho mais forte e salários reais mais elevados.